
Em um aquário na Itália nasceu um tubarão fêmea. Uma situação natural do ciclo da vida. O que chama atenção é o fato de que o Aquário de Cala Gonone, Sardenha, não tem machos há 10 anos.
O filhote foi concebido de maneira assexuada, ou seja, sem a conjugação de material genético. Os diretores do aquário informaram que a mãe é uma das fêmeas da espécie cação-liso.
Os animais nunca tiveram contato com tubarões machos. Diante disso, eles acreditam que é impossível que a fecundação do óvulo tenha sido a partir de um espermatozoide depositado na mãe.
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Partenogênese
Algumas análises ainda serão realizadas para a confirmação do caso de partenogênese, que é quando a mãe fecunda a si mesma, sem a interferência de um macho.
Uma célula-ovo imatura, pode ter se comportado quase como um espermatozoide. Sendo confirmado, a 'bebê tuba' seria um clone da genitora. A 'tubarãozinha' foi batizada de Ispera, que quer dizer 'Esperança'.
O Aquário de Cala Gonone vai realizar análises do DNA para confirmar se o nascimento da 'bebezinha tubaroa' foi um caso de partenogênese.
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Mais comum do que parece
Christine Dudgeon, PhD em Biologia da Universidade de Queensland, explica que a partenogênese pode ser uma forma de defesa da espécie para se perpetuar, mesmo quando há a ausência de machos.
"Os genes da mãe são transmitidos de fêmea para fêmea até que haja machos disponíveis para acasalar", contou em entrevista ao jornal New Scientist.
No Aquário de Reef, há quase seis anos, uma fêmea de tubarão também deu a luz após passar quatro anos sem contato com tubarões machos.
A diferença é que nesse caso, não foi um filhote. Foram três.