IMUNIZAÇÃO

erceira dose da vacina contra covid-19 em Pernambuco: Qual imunizante será? Quais grupos serão vacinados primeiro? Veja a resposta para essa e outras perguntas

O Estado anunciou a data em que começará a aplicar terceira dose.

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 26/08/2021 às 20:34 | Atualizado em 05/04/2022 às 18:37
Edmilson Tanaka
FOTO: Edmilson Tanaka

Após o Governo de Pernambuco ter anunciado, nessa quinta-feira (26), que seguirá o calendário do Governo Federal para iniciar a aplicação da terceira dose da vacina contra covid-19, muitas dúvidas surgem.

Como será? Qual vacina vai ser? Quais grupos serão vacinados primeiros? Quando começa a imunização da 3º dose? Será antecipado a 2º dose?

De acordo com o governo estadual, a dose de reforço será inicialmente aplicada em idosos a partir de 70 anos e em pessoas com imunossupressão.

Dessa forma, Pernambuco começa a vacinar esse público no dia 15 de setembro.

Segundo o Ministério da Saúde, os indivíduos imunossuprimidos deverão fazer o reforço a partir do 28º dia após a segunda dose. Já os idosos devem fazer seis meses após a segunda.

Essa vacinação deve ser feita prioritariamente com o imunizante da Pfizer. De maneira alternativa, também pode ser usada a vacina de vetor viral da Janssen ou da AstraZeneca.

O secretário Estadual de Saúde, André Longo, frisou que o Ministério da Saúde enviará insumos específicos para essa estratégia e que a ação é paralela à vacinação de primeira e segunda doses.

O objetivo dessa dose de reforço é ampliar a resposta imune do organismo no público considerado mais suscetível à doença, a fim de evitar complicações decorrentes da infecção e mortes. Estudos têm mostrado que a proteção dada pela vacina pode decair ao longo dos meses, sendo necessário ampliar essa resposta imune.

O órgão federal ainda frisa que os imunodeprimidos normalmente apresentam resposta reduzida a diferentes vacinas disponíveis no calendário vacinal brasileiro. Há, inclusive, esquemas de vacinação adaptados para esse público.

"Com o avanço da vacinação nos maiores de 18 anos e a inclusão dos adolescentes de 12 a 17 anos, estamos agora em um momento epidemiológico que é importante avançar em outras medidas para que a comunidade brasileira seja realmente imunizada e protegida de forma adequada. Foi observado que, para os idosos acima de 70 anos e os imunocomprometidos graves, há uma redução na proteção pós-vacina com o passar do tempo. Isso acontece independentemente da vacina administrada", esclarece o médico Eduardo Jorge da Fonseca Lima, representante regional da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) e membro do Comitê Estadual para Acompanhamento da Vacinação contra a Covid-19.

>>Pernambuco: Começa em 15 de setembro a aplicação da terceira dose da vacina contra a covid-19; veja quem receberá o imunizante

Variante Delta

Ele acrescenta que, com o avançar da variante delta no Brasil, há a preocupação de garantir que esses grupos mais vulneráveis recebam uma dose de reforço para complementar seu esquema vacinal.

"Com a continuidade do esquema em toda a população acima de 18 anos, a garantia da segunda dose para todos e a extensão dos adolescentes, essa outra orientação (que é a dose de reforço) irá somar e, assim, será um caminho para controlar a pandemia."

A superintendente de Imunizações da SES, Ana Catarina de Melo, lembrou que, além da terceira dose, ainda é preciso continuar chamando a atenção para a finalização dos esquemas com duas doses.

"A gente está preocupado com essa dose de reforço, mas precisamos nos preocupar também com a segunda dose. Atualmente, são mais de 400 mil pessoas com a finalização do esquema vacinal em atraso", diz Ana Catarina.

Ele chama a atenção para a necessidade de os municípios precisarem ficar atentos a esse grupo, a fim de que o Estado alcance as metas estabelecidas em cada grupo prioritário e também na população em geral.

"Os gestores precisam fazer busca ativa, ir até onde as pessoas estão, para evitarmos bolsões suscetíveis à doença."

>>Vacinação contra a covid-19: Vai ter terceira dose da Coronavac? Quem pode tomar? Quando? Tire suas dúvidas

Intervalo

O Ministério da Saúde também informou que, a partir de setembro, reduzirá o intervalo entre a primeira e segunda dose das vacinas da Pfizer e AstraZeneca.

A partir do próximo mês, esse período será a partir de oito semanas (60 dias), ao invés de 12 semanas (90 dias).

O Estado já havia pactuado a possibilidade da segunda dose da AstraZeneca ser feita a partir de 60 dias, a depender de estoque da segunda dose nos municípios.