O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para combater o surto de rabdomiólise no Estado. O município de Itacoatiara, a 176 quilômetros de Manaus, é o local com mais casos, sendo o centro do surto. A força-tarefa, composta por integrantes de diversos órgãos, irá à cidade com o objetivo de investigar o surto e de também atuar de maneira preventiva com diversos segmentos da população.
Até o momento foram registrados 51 casos no estado em sete cidades, sendo 36 em Itacoatiara, quatro em Borba, dois em Manaus, dois em Parintins, um em Caapiranga, um em Autazes e um em Maués.
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Causas
Uma das preocupações é a difusão de informações sobre uma suposta causa de contágio associada ao consumo de peixes. Contudo, o governo do Amazonas afirma que ainda não há evidências para esta correlação.
As causas estão sendo investigadas pela Fundação de Vigilância em Saúde do estado. “Ainda trabalhamos no campo das hipóteses. Pode ser uma bactéria, um vírus, ou até mesmo uma toxina. As pessoas têm um quadro clínico sugestivo de intoxicação, após a ingestão alimentar, e é de evolução rápida”, diz o infectologista da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado.
Ele acrescenta que até hoje, com os casos notificados, “não se conseguiu ainda dar uma confirmação da causa real desses casos de rabdomiólise, que são associados à prévia ingestão de peixes”.
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Doença da 'urina preta'
A doença, também conhecida como 'doença da urina preta', por causa desse sintoma, é uma síndrome que gera a destruição de fibras musculares esqueléticas e libera elementos de dentro das fibras (como eletrólitos, mioglobinas e proteínas), no sangue.
Nome
O nome foi dado em razão da descoberta da doença em um lago chamado Frisches Haff, na região de Koningsberg em 1924. O território, à beira do Mar Báltico, pertencia à Alemanha, mas foi incorporado à Rússia posteriormente, constituindo um enclave entre a Polônia e a Lituânia.
O que ela faz?
A doença de Haff gera uma rigidez muscular. Além disso, frequentemente ocorre como consequência o aparecimento de uma urina escura em função da insuficiência renal, razão pela qual essa expressão é utilizada para se referir à enfermidade.
Morte no Recife
Em março, a veterinária Priscyla Andrade, de 31 anos, morreu em um hospital do Recife, com suspeita de Síndrome de Haff, a 'doença da urina preta'. A irmã da profissional, Flávia Andrade, também foi internada no hospital da capital pernambucana, mas se recuperou. As duas comeram um peixe da espécie arabaiana, conhecido como “olho de boi”.