Astronomia

Eclipse solar: Quando vai ser? Onde assistir? Veja tudo sobre o eclipse que acontecerá em dezembro de 2021

O ano de 2021 ainda reserva um grande fenômeno astronômico, um eclipse solar total

Karina Costa Albuquerque
Karina Costa Albuquerque
Publicado em 27/11/2021 às 11:57 | Atualizado em 06/01/2022 às 17:43
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FOTO: Sem Crédito

Eclipses são um dos fenômenos astronômicos que mais despertam curiosidade.

Em 2021, no total, foram prometidos 4 eclipses e três deles já aconteceram: Dois eclipses lunares (26 de maio e 19 de novembro) e um eclipse solar (10 de junho).

Mas ainda resta um último evento astronômico e este é o mais esperado. Veja quando vai acontecer o próximo eclipse solar.

Calendário de eclipses

Do calendário de 2021 de eclipses, três já ocorreram, sendo dois da Lua, um total e um parcial - que aconteceu em 19 de novembro -, e um terceiro que foi um eclipse solar anular em meados de junho.

O último que ocorrerá agora em dezembro também será um eclipse solar, no entanto, dessa vez total. 

Onde ver o eclipse solar?

O ano de 2021 vem chegando ao fim com um dos mais deslumbrantes eventos astronômicos, que acontecerá no dia 4 de dezembro.

Esse eclipse solar total será completamente visível apenas para a Antártica. A posição ideal para observá-lo é nas proximidades do Mar de Weddell.

O início do eclipse parcial será às 5h29 UTC (2h29 AM hora Brasil), no primeiro lugar onde fica visível. O eclipse total começa às 7 UTC. O ápice do eclipse acontecerá às 7:34 UTC (ou seja, às 4h34 AM hora Brasil).

A fase de sombra completa poderá ser vista por apenas 1 minuto e 54 segundos e estará ao norte da plataforma de Gelo Filchner-Ronne, bem da orla do continente Antártico. 

O fenômeno será visto em sua forma total desde a região gelada, até parte dos oceanos Antártico, Atlântico e Pacífico. 

Enquanto isso, algumas áreas verão um eclipse solar parcial, por alguns minutos sendo elas: uma parte muito pequena do leste da Terra do Fogo (Argentina) e do sul do Chile, as Ilhas Malvinas, alguns pontos da Austrália, da Nova Zelândia, África do Sul e Namíbia.

No caso da Argentina, se o tempo estiver favorável e permitir um céu limpo, poderá se observar um eclipse parcial fraco e somente no extremo leste da província (na Ilha dos Estados, por exemplo) a cobertura de 27% do disco solar.

Nesse local, a hora do eclipse parcial máximo será após o nascer do sol, às 4:42 AM (hora local)...

Obstáculos

O clima na Antártica e no Oceano Antártico não é fácil.

O mais importante, quando se trata da observação desse fenômeno, é a frequência de dias claros. Como se não bastassem as baixas temperaturas, os ventos fortes e a paisagem totalmente congelada e isolada, essa área não possui característica.

Fora que esse eclipse acontecerá em uma época difícil do ano para a parte mais meridional do planeta.

No início do mês de dezembro, quando se inicia o verão meteorológico aqui no Hemisfério Sul, a quantidade de gelo marinho ainda é grande e essa se considera uma data precoce para visitar as Ilhas Orcadas do Sul, por exemplo.

No entanto, as condições climáticas mudam todo ano.

Um outro contratempo é que o eclipse acontecerá próximo à hora do nascer do Sol. Dessa forma, sua altura será muito baixa e por isso é aconselhável procurar um horizonte livre de obstáculos, na direção sul-sudeste.

Só para os sortudos

São ofertadas três opções para aqueles que querem desfrutar desse eclipse solar particular: de maneira "terrestre", desde a calota polar de Borne, pelo mar, num cruzeiro, ou pelo ar, através de um voo especial. 

O voo é a melhor opção, uma vez que, além da nebulosidade não ser um empecilho, essa também é a única alternativa que garante com certeza que o eclipse será completamente visto e também é a "menos cara". 

Esses voos exclusivos para o eclipse com vistas maravilhosas variam de 10 mil a 28 mil euros.

A opção “terrestre”, que na verdade é da camada de gelo, tem uma perspectiva meteorológica bastante aceitável, custa em torno de 38 mil euros, e consiste no voo de avião que leva você diretamente de Ushuaia, na Argentina, ou Punta Arenas, no sul do Chile, até o Glaciar Unión na Antártica, de onde pode ser observado o eclipse.

Por último, existe a opção marítima, desde um cruzeiro especial ou iate de expedição. Essa via tem alguma mobilidade, pela qual aumentam as possibilidades de observação do eclipse. Nesse caso, os valores sobem de 21 mil a 78 mil euros.

Para aqueles que podem pagar por uma dessas opções não só vão ter uma experiência incrível, mas também visitarão um dos cenários mais maravilhosos do planeta. 

Eclipse total visto do Brasil

De acordo com a Folha de São Paulo, o último eclipse total que foi possível visualizar no Brasil foi há 27 anos, em 1994. Neste ano, não será possível ver o eclipse em sua totalidade, novamente.

Antes dele, o último eclipse solar foi em 1991, na região amazônica e o próximo eclipse solar total no Brasil, provavelmente, só acontecerá em 2046.

O que é um eclipse solar?

Um eclipse solar é um fenômeno astronômico que ocorre quando a Lua se posiciona entre o planeta Terra e o Sol.

Quando isso acontece se forma uma sombra que abrange um pequena faixa da área terrestre, fazendo com que, durante o eclipse, essa área fique escura, durante um tempo limitado do dia.

Para que um eclipse aconteça é necessário que uma combinação de muitos fatores se alinhe.

Quais os tipos de eclipse solar?

A área na qual a umbra se apresenta é onde se manifesta o eclipse total, onde fica completamente escuro durante o eclipse.

Já a área penumbral é aquela onde o eclipse ocorre apenas em uma parte, com uma breve sombra.

Dificilmente ocorrem dois eclipses solares com características idênticas, pois suas ocorrências dependem do grau de inclinação da órbita lunar e também da distância da Terra com a Lua e com o Sol durante o fenômeno astronômico.

Assim, dependendo dessa distância, não se chega a formar uma sombra por completo, mas apenas um “ponto preto”, que seria a Lua, em menor tamanho aparente, passando em frente ao Sol diante de sua visão na Terra.

Portanto, quando a Lua está perto da Terra e a Terra está longe do Sol, forma-se uma sombra completa, e quando a Lua está mais longe da Terra, forma-se uma sombra incompleta.

Desse modo, classifica-se os eclipses solares em:

  • Eclipse solar total: quando toda a luz do sol é ocultada pela Lua
  • Eclipse solar parcial: quando apenas parte da luminosidade solar é ocultada pelo disco lunar.
  • Eclipse anelar: quando o tamanho da Lua não é o suficiente para encobrir toda a área do sol, formando um “anel” em volta do satélite natural da Terra.
  • Eclipse híbrido: quando o eclipse é total em alguns pontos de visão e anelar em outros, em virtude do grau de inclinação da órbita lunar.