Alerta

Ômicron no mundo: 'Propaga-se em ritmo sem precedentes'; Como está situação no Brasil? Quais são os sintomas?

Ômicron 'propaga-se pelo mundo em ritmo sem precedentes, alerta OMS. Vários países retomaram medidas restritivas

Karina Albuquerque
Karina Albuquerque
Publicado em 16/12/2021 às 11:11 | Atualizado em 16/12/2021 às 11:23
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DANIEL LEAL/AFP
CUIDADOS Uso de máscaras nas lojas voltou a ser obrigatório em Londres - FOTO: DANIEL LEAL/AFP

A nova variante do coronavírus, a Ômicron, já está presente em 77 países e a alastrar-se a um ritmo sem precedentes. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS). Vários países começam a adotar medidas mais restritivas para conter o aumento de infecções.

Propagação da Ômicron é 'sem precedentes'

O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) considerou hoje que a Ômicron, nova variante do vírus SARS-CoV-2, representa risco "muito elevado" e exige medidas "urgentes e fortes", de modo a proteger os sistemas de saúde.

>> Variante Ômicron faz primeira vítima fatal

Numa avaliação de risco atualizada e divulgada nesta quarta-feira, o ECDC diz que a Ômicron deverá suceder a Delta como a variante dominante na União Europeia (UE) no início de 2022. Já se assiste à transmissão comunitária dentro da Europa, e os dados preliminares disponíveis não descartam "uma redução significativa da eficácia das vacinas" contra essa estirpe.

Desse modo, e porque os países da UE ainda enfrentam o impacto severo da variante Delta, "um novo aumento das hospitalizações poderá rapidamente sobrecarregar os sistemas de saúde".

"Com base nas provas limitadas atualmente disponíveis, e dado o elevado nível de incerteza, o nível global de risco para a saúde pública, associado à emergência e propagação da Ômicron, é avaliado como muito elevado", diz o centro europeu, que recomenda uma "ação urgente e forte" para reduzir a transmissão do vírus, "a fim de aliviar a já pesada carga sobre os sistemas de saúde e proteger os mais vulneráveis nos próximos meses".

Segundo o ECDC, é necessária "a rápida reintrodução e o reforço das intervenções não farmacêuticas" para reduzir a transmissão da Delta e retardar a propagação da Ômicron, mantendo sob controle a carga sobre os cuidados de saúde.

Situação da Ômicron no Brasil

O total de casos confirmados no Brasil da nova variante do coronavírus, Ômicron, chega a 19, conforme balanço divulgado nessa quarta-feira (15) pelo Ministério da Saúde.

As infecções foram registradas em São Paulo (13), no Distrito Federal (2), no Rio Grande do Sul (2) e em Goiás (2).

Há ainda, segundo a pasta, sete casos em investigação em Goiás (2) e Minas Gerais (5).

Quais os sintomas da nova variante ômicron?

Os relatos dos especialistas que atenderam os primeiros pacientes infectados com a ômicron na África do Sul indicam algumas mudanças importantes na lista dos principais sintomas.

A médica Angelique Coetzee diz que esses indivíduos apresentam com mais frequência queixas como cansaço, dores musculares, "coceira" na garganta, febre baixa e tosse seca.

Em entrevista à BBC News, ela também afirmou que as pessoas acometidas desenvolveram, até agora, incômodos mais leves.

"Tudo começou com um paciente com sintomas leves. Ele dizia estar com um cansaço extremo nos dois últimos dias e tinha dores no corpo e um pouco de dor de cabeça. Nem sequer uma dor de garganta, mas algo como uma garganta arranhando. Sem tosse, nem perda de olfato ou paladar", conta.

"Porque era muito incomum para esse paciente em específico ter esse tipo de sintomas, eu decidi testar. Fizemos um teste rápido, e deu positivo", disse a médica, que então testou toda a família do paciente, com resultados positivos para o coronavírus, todos com sintomas leves.

Em entrevista ao The Sun, o médico David Lloyd, que atua como clínico-geral da região norte de Londres, disse que cerca de 15% das crianças pequenas contaminadas pela variante têm apresentado erupções cutâneas. Por ser um sintoma menos usual, é preciso que os pais e responsáveis fiquem atentos para que o diagnóstico da covid-19 não passe despercebido.

Além das erupções na pele, especialistas relatam que os principais sintomas associados à ômicron são dores de cabeça, no corpo e fadiga. As crianças infectadas também apresentaram os sinais acrescidos de falta de apetite.

Com informações da Agência Brasil

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