Justiça do Amazonas

Suspeito pelo desaparecimento de jornalista e de indigenista na Amazônia tem prisão temporária decretada

A Polícia Federal (PF) encontrou vestígios de sangue na embarcação do suspeito pelo desaparecimento de jornalista e de indigenista na Amazônia

Bruna Oliveira
Bruna Oliveira
Publicado em 10/06/2022 às 1:35 | Atualizado em 10/06/2022 às 1:36
PF/AFP
Vestígio de sangue é achado em barco de suspeito de desaparecimento de jornalista e indigenista - FOTO: PF/AFP

A Justiça do Amazonas decretou a prisão temporária, pelo prazo de 30 dias, de Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado, que é suspeito de envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, na região do Vale do Javari, no Amazonas.

Decisão foi tomada na noite dessa quinta-feira (10) pela juíza Jacinta Silva dos Santos, da Vara Única de Atalaia do Norte, em audiência de custódia.

As audiências de custódia servem para que o juiz possa analisar a legalidade das prisões em flagrante e a necessidade de continuidade da detenção ou a possibilidade de eventual concessão de liberdade.

Após os 30 dias estipulados, a prisão temporária pode ser renovada ou convertida em preventiva, que não tem prazo determinado.

Nesse ou em qualquer outro caso, a manutenção da medida depende das eventuais provas reunidas pelos investigadores. O processo sobre o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips é sigiloso.

Normalmente, as prisões temporárias têm duração de cinco dias, mas no caso de crimes hediondos o prazo pode ser de um mês.

Prisão

Pelado foi preso em flagrante na terça-feira (7) por porte ilegal de munições. Neste ponto, a juíza impôs medidas cautelares.

A prisão temporária foi determinada pela suspeita de envolvimento com o desaparecimento do indigenista e do jornalista.

Ao realizar buscas nesta semana, a Polícia Federal (PF) encontrou vestígios de sangue na embarcação dele.

Além disso, o material genético foi enviado para perícia. Uma testemunha também o colocou no centro das suspeitas pelo desaparecimento.

Comunicação Social – SR/PF/AM
Vestígio de sangue é achado em barco de suspeito no Amazonas - Comunicação Social – SR/PF/AM

Apesar das autoridades federais estejam envolvidas nas buscas, coube à Justiça do Estado decretar a prisão porque há suspeita de homicídio doloso. Nesse caso, a competência para investigação é da Justiça comum.

Com informações do Estadão Conteúdo e JC

Comunicação Social - SR/PF/AM
PISTA Material orgânico aparentemente humano, encontrado no Rio Itaquaí, foi encaminhado para Instituto de Criminalística da Polícia Federal - FOTO:Comunicação Social - SR/PF/AM