Um catador de recicláveis morreu após ser baleado durante uma operação policial na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (5).
Moradores relatam que os agentes da Polícia Militar confundiram um pedaço de madeira que estava na mão de Gerson Gomes da Silva, de 51 anos, com um fuzil.
Ainda de acordo com testemunhas, o homem tinha deficiência intelectual e costumava andar com o pedaço de madeira preso no braço.
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A vítima estava no quintal de casa quando foi atingido e morreu no local.
"Eu cheguei a ver muito sangue, até porque foi muito tiro", relatou uma moradora ao Portal G1.
OPERAÇÃO POLICIAL
Segundo o G1, policiais do 18ºBPM (Jacarepaguá), com o Batalhão de Ações com Cães (BAC) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) agem na comunidade Cidade Deus desde as primeiras horas de hoje.
Na operação, que ainda encontra-se em andamento, os agentes entraram em confronto com criminosos da região. Um fuzil foi apreendido.
Há exatos 2 anos estávamos na Cidade de Deus protestando a morte do Marcelo, e agora um catador de materiais recicláveis tem pedaço de madeira confundido por fuzil. Que polícia é essa, @claudiocastroRJ??? @PMERJ é treinada para isto? pic.twitter.com/TGrWk5DOue
— Rene Silva ???????? (@eurenesilva) January 5, 2023
O QUE DIZ A POLÍCIA
Em nota enviada ao G1, a Polícia Militar do Rio de Janeiro afirma que "um procedimento apuratório foi aberto para averiguar as circunstâncias que vitimaram fatalmente o homem".
A corporação também explica que a área costuma ser violenta e que os policiais haviam trocado tiro com bandidos.
"Uma equipe se deparou com um homem conduzindo o que aparentava ser um fuzil, pendurado em uma bandoleira. Os policiais efetuaram disparos e o atingiram. O ferido não resistiu", diz parte da nota.
IDENTIFICAÇÃO DOS POLICIAIS E INVESTIGAÇÃO
A PM enfatiza que colabora integralmente com as investigações da Polícia Civil.
Os policiais serão identificados e as armas apresentadas à perícia.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), responsável pelas investigações, realizou perícia no local, recolheu cápsulas e conversou com testemunhas para saber detalhes sobre a morte.
O corpo do catador foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML).
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