ESCOLAS

Pernambuco anuncia canal telefônico para denunciar emergências escolares; saiba mais

Decisão foi tomada em reunião com representantes das secretarias de Defesa Social e de Educação e Esportes

Gustavo Henrique
Gustavo Henrique
Publicado em 11/04/2023 às 21:11 | Atualizado em 11/04/2023 às 21:17
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Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O preço da ligação do telefone fixo para celular vai passar de R$0,18 para R$0,12 em ligações locais - FOTO: Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Com informações da TV Jornal e JC Online

Uma reunião entre profissionais das secretarias de Defesa Social e de Educação e Esportes assegurou, nesta terça-feira (11/04), novas ações de segurança contra possíveis ameaças em escolas e creches de Pernambuco.

Era esperado que o encontro ocorresse ainda na segunda-feira (10/04).

Na reunião, ficou determinado que , a partir de agora, denúncias envolvendo instituições de ensino do Estado devem ser feitas pelo canal 197.

"Esse canal, que é exclusivo para essas emergências escolares, terá prioridade sobre todo e qualquer outro assunto. Nós também vamos atuar de forma mais forte em ações orientativas, tanto em relação aos alunos, quanto professores e funcionários", disse a secretária de Defesa Social, Carla Patrícia Cunha.

VÍDEO: GOVERNO de PE REÚNE GESTORES de ESCOLAS para REFORÇAR SEGURANÇA

Ivaneide Dantas, secretária estadual de Educação, anunciou também a criação de um plano de segurança para as escolas, com ações a curto, médio e longo prazo.

Entre as medidas está o reforço da Patrulha Escolar - rondas feitas por viaturas da Polícia Militar nas instituições da rede estadual.

A ampliação do videomonitoramento nas escolas com uma central implementada em cada gerência regional de educação também faz parte do plano.

"Outro ponto que é relevante é o reconhecimento facial nas unidades escolares para os estudantes. O estudante ou qualquer outra pessoa que entre nessa unidade escolar também passará por esse reconhecimento", declarou.

Ivaneide Dantas disse que a medida de segurança deverá ser adotada em toda a rede estadual, mas não deu prazo para isso.

DENÚNCIAS DE AMEAÇA DE ATAQUES EM ESCOLAS DE PERNAMBUCO

Carla Patrícia Cunha confirmou que muitas denúncias com ameaças de ataques em escolas de Pernambuco chegaram ao conhecimento da polícia, mas não informou a quantidade.

"Muitas vezes a mesma denúncia vem por mais de um canal. O que eu posso dizer e afirmar categoricamente é que todas elas estão sendo investigadas. Nenhum caso que chegou, até agora, ficou sem investigação. Estamos dando tratamento padrão, que passa por triagem, identificação do possível autor e a neutralização dessa possível ação", disse.

"Quando a gente chega na confirmação muitas vezes se trata de uma brincadeira de mau gosto, mas a gente não trabalha assim. A gente trabalha acreditando que toda ameaça é possível de ser materializada", completou.

COMO OS PAIS DEVEM ABORDAR O ASSUNTO COM OS FILHOS?

O assunto deixou muitos pais preocupados. A psicóloga Bruna Vaz explicou, entrevista à reportagem da Rádio Jornal, como agir diante da repercussão.

"É uma situação muito preocupante, preocupante do ponto de vista de políticas públicas, voltadas para segurança em si, mas também a necessidade de políticas públicas voltadas para o cuidado com as crianças e adolescentes no sentido da tentativa de implementar políticas de tolerância dentro das escolas", considera.

"A grande preocupação que a gente precisa ter é em casa, na escola e também no governo. Eu acho que frente à situações como essa, a gente precisa adotar uma postura de tolerância zero, mas também não podemos deixar escapulir quais ações podemos fazer dentro das escolas e dentro de casa que possam vir a coibir situações como essa", explicou Bruna.

"Dentro de casa os pais devem estar atentos ao que os filhos estão consumindo na internet. Não é só conversar, é efetivamente saber. Os adolescentes falam muito sobre individualidade e privacidade, mas deve haver um limite e cada família vai ter uma forma de observar", refletiu.

Em relação ao compartilhamento de conteúdos na internet de violência, ela afirma que: "efetivamente, quem pode resolver isso junto aos pais? A escola, a polícia. Principalmente, se for dentro da escola. É preciso ver o que a escola vai fazer", comentou a psicóloga.

"O primeiro ponto é conversar com a escola e saber o que a instituição tem feito para proteger os alunos. Seja do ponto de vista mais prático, de saber, por exemplo, quem entra e quem sai da escola, de que forma isso vem sendo monitorado, da segurança da escola em si. Mas mais ainda como é que a escola tem pensado em trabalhar com os alunos esse tipo de situação."

"E claro, também dentro de casa, conversar com os filhos, perguntar. Os governos também precisam entrar no debate, governo municipal, estadual, pensar quais políticas públicas podem ser feitas, que trabalho precisa ser feito com professores e coordenadores nas escolas", finalizou a profissional de saúde

*Os veículos do Sistema Jornal do Commercio, diante de episódios de ameaças e ataques envolvendo escolas, adotarão os cuidados recomendados pela polícia e especialistas de não dar publicidade a nomes e condutas de infratores.

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