Dois pastores evangélicos são julgados nesta terça-feira (25/04), na Bahia, acusados de estuprar e matar um adolescente. A vítima, Lucas Terra, tinha 14 anos de idade. As informações são do G1.
Os réus são os pastores Joel Miranda, que era pastor da Igreja Universal do Reino de Deus no bairro de Rio Vermelho, na orla de Salvador, e Fernando Aparecido da Silva, pastor de um templo no bairro de Pituba.
O estupro, de acordo com as investigações, aconteceu dentro da igreja chefiada por Joel Miranda. A motivação dos crimes seria o fato de Lucas Terra ter, supostamente, visto os dois pastores fazendo sexo no local religioso.
O crime aconteceu em março de 2001, mas, por questões burocráticas e em razão de recursos impetrados pela defesa, os dois pastores só vão a júri popular agora, mais de 22 anos depois da morte do garoto.
ENTENDA O CASO LUCAS TERRA
Lucas Terra era frequentador da Igreja Universal do Reino de Deus, no Rio Vermelho. O garoto saiu de casa para assistir um culto no local.
De acordo com reportagem do jornal Correio da Bahia, o corpo de Lucas Terra foi encontrado carbonizado dentro de uma caixa de madeira na Avenida Vasco da Gama.
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Inicialmente, a polícia chegou a um terceiro pastor que seria o responsável pelo culto o qual Lucas tinha ido.
O pastor Silvio Galiza foi preso e, segundo o Bahia Notícias, condenado, em 2004, a 23 anos e 5 meses de prisão.
No entanto, em 2006, o pastor Silvio delatou os outros dois pastores (Joel Miranda e Fernando Aparecido). Foi Silvio quem declarou que Lucas teria visto os outros pastores fazendo sexo.
O Ministério Público, que desconfiava que Silvio não teria cometido o crime sozinho, decidiu, então, denunciar também os demais líderes religiosos.
Na época, a perícia descobriu que Lucas Terra foi abusado sexualmente e teve o corpo queimado enquanto ainda estava vivo.
Hoje em dia, Silvio já cumpre o resto da pena em liberdade, mas, só agora, Joel e Fernando serão julgados pelo júri popular.
A expectativa é de que a sentença do caso só seja proferida no final desta semana.
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