O Submarino Titan, veículo subaquático de pequeno porte da OceanGate, utilizado para viagens de turismo e exploração, desapareceu na manhã do último domingo (18) em viagem rumo aos destroços do Titanic.
As buscas correm contra o tempo uma vez que o oxigênio do submarino, incapaz de renovar o seu estoque, irá durar apenas até às 9h da manhã, horário de Brasília, desta quinta-feira, dia 22 de junho e um acontecimento das últimas horas pode ser crucial para que o resgate seja bem-sucedido.
Na madrugada desta quarta-feira (21), um documento do governo americano afirmou que a aeronave canadense P-3, através de sua sonda, idenfiticou ruídos subáquaticos em uma de suas varreduras em busca do submarino durante o dia de ontem, terça-feira (20).
"A aeronave canadense P-3 detectou ruídos subaquáticos na área de busca. Como resultado, as operações foram realocadas na tentativa de explorar a origem dos ruídos. Essas buscas ROV produziram resultados negativos, mas continuam", declarou a Guarda Costeira.
Tais ruídos teriam se repetido em intervalos de 30 minutos. Sons semelhantes foram novamente detectados, quatro horas depois após o uso de dispositivos adicionais para captar objetos submersos no fundo do mar.
Os barulhos se assimilam à batidas e podem indicar um "pedido de socorro" dos passageiros.
SAIBA QUEM SÃO OS PASSAGEIROS DO SUBMARINO DESAPARECIDO EM MISSÃO AO TITANIC
De acordo com a Guarda Costeira Americana, ao todo, cinco tripulantes estavam no submersível, dentre eles o empresário Hamish Harding, fundador do Action Group e presidente da Action Aviation, conhecido por seu perfil aventureiro, que lhe rende três recordes no Guinness Book.
Além dele, o empresário paquistanês, vice-presidente do Engro Corporation, Shahzada Dawood e o seu filho, Suleman Dawood, também estavam na embarcação.
O explorador francês Paul-Henry Nargeolet, de 73 anos, conhecido como "Mister Titanic", segundo sua família, também faz parte dos tripulantes.
IMPLOSÃO, EMERSÃO OU NAUFRÁGIO ; VEJA AS 3 HIPÓTESES DO QUE PODE TER ACONTECIDO COM O SUBMARINO TITAN
HIPÓTESE 1: SUBMERSÃO APÓS FALHA NA COMUNICAÇÃO DO SONAR E ACIONAMENTO DO SISTEMA DE SEGURANÇA
Neste cenário, o melhor dentre o que falaremos até aqui, o submarino teria tido uma falha em seu sistema de comunicação e, consequentemente, teria acionado o seu sistema de segurança, emergindo e voltando à superfície.
Esse cenário, no entanto, parece pouco provável devido às buscas feitas pelas Guardas Costeiras dos EUA e Canadá ainda não terem encontrado qualquer vestígio do submarino até o momento.
Esta hipótese, embora seja a mais animadora, também é preocupante e demanda urgência. Devido à questões de segurança, a escotilha do submarino só pode ser aberta externamente e, portanto, se o resgate não chegar a tempo, os passageiros viriam a óbito por asfixia, causada pela ausência de oxigênio.
HIPÓTESE 2: DANO NO CASCO E IMPLOSÃO
A segunda hipótese, nada animadora, especula um eventual dano no casco do submarino que teria afetado a pressão interna da embarcação, a cerca de 4 mil metros de profundidade, causando uma implosão, que ocorre quando o objeto colapsa sobre si mesmo.
Diferentemente da explosão, em que uma pressão interna acumulada "vaza" para o exterior, a implosão se dá por uma pressão externa que invade um corpo, de pressão diferente, e causa o seu colapso.
É isso o que acontece quando um submarino passa tanto tempo submerso, ou tem problemas em seu casco ou sistemas de pressurização, não mais sendo capaz de conter a pressão externa, que colapsa a embarcação, que é "esmagada".
Neste cenário, infelizmente, todos os passageiros do Submarino Titan teriam vindo a óbito.
HIPÓTESE 3: NAUFRÁGIO LEVOU EMBARCAÇÃO AO FUNDO DO MAR
Na terceira possibilidade, o submarino estaria encalhado no fundo do mar e por algum motivo, internou ou externo, não estaria conseguindo retornar à superfície.
Este cenário talvez seja o mais provável, mantém esperanças de resgate com vida, mas é de tamanha complexidade que não chega a se tornar um alívio para familiares e equipes de resgate.
Como está, teoricamente, a 4 mil metros abaixo da superfície, são poucas as embarcações que conseguem chegar a esta profundidade e que, também, consigam resgatar o submarino a tempo de evitar a falta de oxigênio estimada para às 9h da manhã desta quinta-feira.
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