A greve dos motoristas de ônibus na Região Metropolitana do Recife impactou a rotina de diversos cidadãos que tentaram se locomover por meio dos transportes públicos nesta quarta-feira (26).
Após o primeiro dia de paralisações, o movimento ainda não tem previsão de desfecho, segundo informações da coluna de Mobilidade do Jornal do Commercio.
Durante a manhã e tarde desta quarta, apenas um pouco mais da metade da frota de ônibus estava nas ruas, demonstrando a forte adesão da classe ao movimento.
De acordo com a Urbana-PE, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros, 52% dos ônibus (a frota diária é de 2.600 veículos) estariam circulando. A operação teve início no começo da manhã com menos de 30% e cresceu um pouco.
Os empresários relatam que a frota não estaria maior porque os rodoviários realizaram bloqueios e piquetes nas garagens, descumprindo decisões liminares do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) e a Lei 7.783/89.
Pela manhã, o TRT-6 determinou o retorno de 60% da frota de ônibus na Região Metropolitana do Recife em horários de pico e de 40% nos demais períodos.
“A Urbana-PE alerta que é responsabilidade do Sindicato dos Rodoviários cumprir a decisão judicial e que o seu eventual descumprimento poderá acarretar a ilegalidade do movimento, a aplicação de multa ao sindicato, o desconto dos dias parados e a qualificação de crime de desobediência”, afirmou a entidade.
Os rodoviários, no entanto, atribuíram a força do movimento, que teve uma grande adesão da categoria. “A greve está forte e a categoria aderiu em massa. As empresas contrataram profissionais terceirizados para tirar os carros das garagens, mas o nosso movimento tem mais força e a greve continua”, afirmou Aldo Lima, presidente do Sindicato dos Rodoviários
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