MORADIA

Demolição de 14 prédios do Conjunto Beira Mar é recomendada pela Defesa Civil de Paulista

Após inspeção, foi recomendada a demolição dos blocos D-01 ao D-14

Vitória Floro
Vitória Floro
Publicado em 26/07/2023 às 20:11 | Atualizado em 27/07/2023 às 0:12
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RENATO RAMOS/JC IMAGEM
Blocos do Conjunto Habitacional Beira-Mar foram interditados após desabamento - FOTO: RENATO RAMOS/JC IMAGEM

A Secretaria Executiva de Defesa Civil do Paulista enviou, nesta quarta-feira (26), os pareceres técnicos de engenharia após as vistorias realizadas no Conjunto Residencial do Conjunto Beira Mar, localizado no bairro do Janga, em Paulista. Com base nesses pareceres, o órgão recomendou a demolição dos blocos D-01 ao D-14.

Em decorrência do desabamento parcial do bloco D-07 no dia 7 de julho, que resultou em 14 vítimas fatais e sete feridos, a gestão municipal tomou providências para executar as demolições por meio da Procuradoria Geral do Município (PGM), encaminhando os pareceres ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e ao Tribunal de Justiça do Estado (TJPE).

A seguradora responsável pelos prédios, SulAmérica Seguradora, foi solicitada para efetuar as ações de demolição.

RENATO RAMOS/JC IMAGEM

Justiça determina a demolição do bloco D7 do Conjunto Beira-Mar, que desabou e matou 14 pessoas, no Janga - RENATO RAMOS/JC IMAGEM

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) já havia determinado, no dia 13 de julho, a demolição imediata do bloco D7 do Conjunto Beira Mar, conforme processo assinado pelo Juiz Júlio Olney Tenório de Godoy, da Vara da Fazenda Pública da Comarca de Paulista.

Nesse processo, ficou estabelecido que a SulAmérica Seguradora deverá proceder com a demolição da edificação, tomando os devidos cuidados para evitar danos aos imóveis vizinhos em risco, sob pena de multa diária no valor de R$ 2 mil, com o valor da causa estipulado em R$ 50 mil.

Em resposta, a SulAmérica Seguradora lamentou o ocorrido no Conjunto Beira-Mar, mas afirmou que não é a proprietária ou seguradora do prédio.

A empresa esclareceu que sua participação se deu como prestadora de serviços na operação de apólice pública do seguro habitacional do Sistema Financeiro de Habitação.

Além disso, a empresa informou que desde 2011 fez diversos alertas sobre a situação de risco do Bloco D7 do Conjunto Beira Mar, tendo relatado essa questão no processo judicial em curso.

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