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Circulação das águas do oceano Atlântico podem colapsar até o fim do século por mudança climática, segundo estudo

Estudo projeta que a mudança na circulação das águas do oceano Atlântico Norte deve acontecer no fim do século e vai afetar o clima do mundo

Amanda Marques
Amanda Marques
Publicado em 27/07/2023 às 10:10 | Atualizado em 27/07/2023 às 11:37
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FOTO: AFP PHOTO / NASA-NOAA GOES PROJECT
Furacão Newton pode causar mais deslizamentos, transbordamento de rios e inundações em oito estados das costas do centro e do norte do Oceano Pacífico - FOTO: FOTO: AFP PHOTO / NASA-NOAA GOES PROJECT

Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Copenhague divulgou uma importante e preocupante pesquisa sobre o Oceano Atlântico: um crucial sistema de correntes oceâncias está enfrentando riscos de colapso ainda neste século

A pesquisa foi conduzida pelo físico teórico Peter Ditlevsen e a matemática e estatística Susanne Ditlevsen, que apontou para um crucial sistema de correntes oceânicas, conhecido como Célula de Revolvimento Meridional do Atlântico (AMOC, na sigla em inglês para Atlantic Meridional Overturnig Circulation), está enfrentando riscos de colapso ainda neste século, em algum momento entre os anos de 2025 e 2095, devido às mudanças climáticas.

Qual a importância da AMOC? Também denominada de circulação termohalina, é fundamental para o movimento das águas oceânicas e exerce um papel significativo na distribuição do calor ao redor do planeta.

Dado que aproximadamente 90% do calor global está armazenado nos oceanos, as alterações dessas correntes têm um impacto ssignificativo no clima de diversas regiões do mundo. 

Os pesquisadores apontaram que a chance de colapso da AMOC ocorrer é de 95% até 2095.

Nesta terça-feira (25), um estudo foi publicado na revista científica "Nature Communications" e chamou a atenção dos leitores e, principalmente, os cientistas que alertaram a necessidade da redução de emissões de gases do efeito estufa para evitar o colapso iminente.

Colapso da AMOC e seus prováveis efeitos 

De acordo com o físico Ditlevsen, o colapso da Célula de Revolvimento Meridional do Atlântico pode ter consequências como alterar a distribuição do calor e precipitação no globo. 

Além disso, o cientista aponta que parte da Europa sofreria com queda da temperatura enquanto nas regiões tropicais, no Hemisfério Sul, haveria aumento. 

 *Com informações do G1.

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