FACÇÃO

Sequestros, rebelião e atentado a policiais: o plano do PCC para tirar Marcola da prisão em Brasília

O PCC batizou os planos de 'STF', 'STJ' e 'missão suicida'

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Marcelo Aprígio

Publicado em 22/11/2023 às 10:50 | Atualizado em 22/11/2023 às 10:50
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O setor de inteligência das penitenciárias federais desbaratou plano da facção criminosa Primeiro Comando da Capital, mais conhecida pela sigla PCC, para libertar seu líder-mor, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, da Penitenciária Federal de Brasília.

Segundo fontes do governo federal, um dos planos em curso consistia em sequestrar e assassinar agentes penitenciários federais, que poderiam ser usados com moeda de troca em uma potencial negociação para libertar líderes da facção criminosa que estão detidos em Brasília.

Segundo informações de inteligência, o primeiro plano elaborado pelo PCC, intitulado STF, envolvia a invasão da Penitenciária Federal de Brasília. Mas a construção de uma grande muro ao redor do complexo aumentou significativamente a dificuldade de realizar esse plano.

O segundo, denominado STJ, envolvia o sequestro de autoridades do Senappen e seus familiares, com a intenção de exigir a libertação dos líderes em troca.

A terceira e última opção consistia em uma "missão suicida". A ideia era que Marcola liderasse uma rebelião dentro do presídio federal e fizesse uso de um policial penal como refém.

Por causa disso, o chefe da facção será levado, numa operação quase secreta, para outra unidade prisional.

Segundo o portal Metrópoles, que revelou o caso, a nova prisão e a data da transferência não foram divulgados por motivos de segurança.

OPERAÇÃO DE GUERRA

A transferência de Marcola deve seguir uma verdadeira operação de guerra, baseada em uma portaria assinada pelo secretário Nacional de Políticas Penais (Senappen), Rafael Velasco Brandini.

O documento determina que o transporte de presos de “altíssima periculosidade” de unidades que integram o Sistema Penitenciário Federal sofra algumas alterações.

Além disso, um relatório de análise de risco elaborado pela Inteligência do Sistema Penitenciário Federal, em documento sigiloso e com autorização de saída assinada por um colegiado de no mínimo três autoridades da Senappen deve ser elaborado para nortear as operações.

Os nomes das autoridades responsáveis por assinar a autorização foram elencados em documento sigiloso.

Outro fator a ser mudado está nas equipes que realizam as transferências dos presos. O objetivo é implementar um sistema rotativo entre os funcionários encarregados das transferências, visando evitar qualquer perseguição, sequestro ou até mesmo a execução de autoridades.

“As autoridades serão designadas de forma aleatória, periódica e individualizada para compor o Colegiado”, detalha a portaria. Elas serão identificadas por códigos, como forma de preservar a identidade.

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