Alimentação pode ajudar no tratamento de ansiedade? Nutricionista explica que Dieta do Mediterrâneo é a mais recomendada
Quem trata ansiedade deve ficar atento à alimentação; alguns alimentos devem ser evitados, segundo nutricionista
A alimentação saudável é um ponto importante no tratamento de quem tem ansiedade. De acordo com a nutricionista Raphaela Nogueira Alves, a Dieta de Mediterrâneo é uma aliada nesse sentido.
“A dieta mediterrânea possui uma alimentação de alta densidade nutricional. Ela é rica em frutas e legumes, fibras, ômega 3, alimentos fontes de magnésio, vitaminas do complexo B. Também é rica em antioxidantes e polifenóis, que atuam na redução do estresse oxidativo e inflamações”, comenta Raphaela.
Dieta ocidental deve ser vista com cuidado
Por outro lado, a dieta ocidental, repleta de produtos industrializados, pode ser perigosa para quem está em tratamento contra a ansiedade.
“O padrão da dieta ocidental, rica em alimentos ultraprocessados, gordurosos, açúcar refinado e o consumo em excesso de cafeína, refrigerantes e álcool tem impacto negativo por ser pobre em nutrientes e ter perfil inflamatório”, alerta.
Para ter uma boa saúde mental, é importante cuidar também do intestino
A nutricionista chama atenção para uma ligação no organismo pouco percebida pela maioria das pessoas: aquela que ocorre entre o cérebro e intestino.
“Já sabemos da relação eixo intestino-cérebro na regulação do humor. Nutrientes como vitaminas do complexo B, vitamina C, magnésio e zinco regulam respostas ao estresse, devido ao envolvimento na produção e metabolismo de neurotransmissores”, explica Raphaela.
Ela define quais alimentos são importantes para a boa saúde do intestino, que interferem também no tratamento da ansiedade. “O consumo de peixes, proteínas magras, azeite, oleaginosas, laticínios e grãos integrais contribui também para uma boa saúde intestinal”, finaliza.
Vale ressaltar que o tratamento contra a ansiedade é multidisciplinar e, em nenhum caso, depende apenas da alimentação. O paciente deve ser acompanhado por psicólogos e, em alguns casos, por médicos psiquiatras.
A reportagem foi feita após consulta à nutricionista Raphaela Nogueira Alves, Nutricionista Clínica e Comportamental (CRN: 35019)
“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado.”