Segundo dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de intestino vem apresentando uma alta de casos no Brasil, com cerca de 40 mil por ano.

A doença, que também é intitulada de câncer colorretal ou câncer de cólon e reto, consiste pela presença de tumores cancerosos no intestino grosso.

Entre os fatores de risco estão: tabagismo, sedentarismo e excesso de peso além de alimentação com abundância de alimentos processados.

Em estágios iniciais, o câncer de intestino não costuma apresentar sintomas. No entanto, a doença pode mostrar sinais em estágios mais avançados.

Os sintomas mais comuns do câncer no intestino incluem dor abdominal, presença de sangue nas fezes, cansaço excessivo, anemia, fraqueza, mudanças bruscas nos hábitos intestinais (com prisão de ventre ou diarreia repentina) e perda de peso sem motivo evidente.

De modo frequente, o câncer se origina a partir de pólipos, que são lesões benignas no intestino. Assim, pessoas com histórico de pólipos intestinais têm maior propensão a desenvolver a doença.

O diagnóstico de câncer no intestino é realizado via exames como o de sangue oculto nas fezes, que visa detectar a presença de quantidades de sangue invisível a olho nu nos excrementos.

A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que pessoas com mais de 50 anos façam exames de sangue oculto nas fezes, pois isso gera um aumento nas chances de diagnóstico precoce e, consequentemente, de cura.

A presença de sangue oculto nas fezes é insuficiente para indicar câncer, pois pode apontar também outros quadros, como úlceras, colite (inflamação no cólon, parte central do intestino grosso), a presença de pólipos ou outros tipos de lesões no intestino.

Em caso de resultado positivo no exame de sangue oculto nas fezes, é realizado um exame de colonoscopia - introdução de câmera no ânus para análise do intestino grosso e do reto - para confirmação do diagnóstico. Caso pólipos sejam detectados, eles podem ser imediatamente retirados.

A realização de um exame de presença de sangue oculto nas fezes é importante para um diagnóstico precoce do câncer de intestino. A detecção da doença em fases iniciais gera uma chance de cura de até 95%.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), um terço dos casos de câncer no intestino podem ser evitados caso haja a adoção de hábitos saudáveis, como abandono do tabagismo, moderação no consumo de álcool e práticas regulares de exercícios físicos.

Uma alimentação balanceada, com maior consumo de frutas, verduras e legumes, e sem ultraprocessados, também colabora com a prevenção.

Esta matéria não substitui um diagnóstico médico, nem o tratamento adequado a ser prescrito por um profissional de saúde. Se suspeita de câncer no intestino, procure um médico para investigação e início de tratamento. Fontes da matéria: MSD e Revista Saúde.