Um padre congolês Quentin Venceslas Kolela, que estava desaparecido há 17 dias e que atuava na Paróquia São Judas Tadeu, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, foi assediado e destratado por colegas da Congregação dos Agostinianos da Assunção, principalmente por não falar português, segundo párocos ouvidos pelo G1.
- Clique aqui e veja notícias sobre o mundo gospel
O padre, que é pertencente à Congregação dos Agostinianos da Assunção (Assuncionistas), foi visto pela última vez por volta das 11h15 do dia 3 de julho, quando saiu da casa paroquial para almoçar e não retornou, segundo a paróquia.
- Padre de Santa Luzia (MG) é denunciado por estupro e importunação sexual pelo MP, entenda
- Igreja Ortodoxa 25 de março: 'Só sobrou o altar', diz padre sobre incêndio que atingiu 1º igreja Ortodoxa do Brasil; veja imagens
- Quem são os padres que fazem sucesso nas redes sociais? Confira a lista completa
- VÍDEO: Padre ameaça bater em cachorros que estiverem dentro da igreja
Os colegas de Kolela, que não quiseram se identificar, disseram que o congolês relatou a amigos que estava sofrendo uma pressão psicológica muito grande e que, por isso, abandonou a Paróquia São Judas Tadeu, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo.
Apesar de ter avisado que estava deixando o grupo, por meio de uma mensagem de texto, e levado a maior parte de seus pertences, ele foi dado como desaparecido pelo líder da congregação, que registrou um boletim de ocorrência.
O QUE DIZ A CONGREGAÇÃO?
O G1 questionou a Congregação dos Agostinianos da Assunção (Assuncionistas) e a Arquidiocese de São Paulo sobre a acusação dos párocos. Em nota, a Congregação afirmou que "não tem nenhum conhecimento sobre tais fatos".
Em comunicado publicado nas redes sociais, a Paróquia São Judas Tadeu informou ainda que o 'Padre Luís Gonzaga da Silva, Superior Geral dos Assuncionistas no Brasil, fez um boletim de ocorrência junto à polícia de imigração' e que quem tiver informações sobre o paradeiro de Kolela pode entrar em contato com a igreja ou com a Polícia Militar (PM).
NOTA DA ARQUIDIOCESE
A Arquidiocese de SP declarou que "desconhece as possíveis motivações do desaparecimento do Padre Kolela" e que "está em diálogo com a Congregação, solicitando informações e providências desta junto às autoridades públicas para compreender o que, de fato, ocorreu com o Sacerdote".
Veja a nota da Arquidiocese de SP:
A Arquidiocese de São Paulo acompanha com apreensão o caso do desaparecimento do Padre Kolela Quentin Vencelas, missionário da Congregação dos Agostinianos da Assunção (Assuncionistas) e colaborador na Paróquia São Judas Tadeu, no Tatuapé. Por meio de Dom Cícero Alves de França, Bispo Auxiliar e Vigário Episcopal para a Região Belém, a Arquidiocese está em diálogo com a Congregação, solicitando informações e providências desta junto às autoridades públicas para compreender o que, de fato, ocorreu com o Sacerdote.
Até o momento, a Arquidiocese desconhece as possíveis motivações do desaparecimento do Padre Kolela e pede à Congregação que, por meio de seus superiores, realize a devida averiguação de qualquer informação que ajude a elucidar o caso.
A Arquidiocese de São Paulo reitera seu interesse pelo esclarecimento dos fatos e se une às orações da comunidade católica por notícias do Padre Kolela, na esperança de que ele esteja bem e seja localizado.