LUTO

Hospital de Nazaré da Mata se manifesta sobre grávida que perdeu o bebê e morreu no Recife

Vanessa Karine de Araújo, de 24 anos, foi socorrida no Hospital Ermírio Coutinho, em Nazaré da Mata, na última segunda-feira (9).

Gustavo Henrique
Gustavo Henrique
Publicado em 11/08/2021 às 19:00 | Atualizado em 15/02/2022 às 11:52
Reprodução: TV Jornal
FOTO: Reprodução: TV Jornal

O Hospital Ermírio Coutinho, localizado em Nazaré da Mata, emitiu uma nota, no início da noite desta quarta-feira (11), sobre o caso envolvendo a jovem de 24 anos Vanessa Karine de Araújo, natural do município de Machados.

Antes de perder o bebê e morrer, Vanessa passou por três hospitais de Pernambuco: Hospital Edson Álvares, na cidade de Machados, onde a família mora; Hospital Ermírio Coutinho, em Nazaré da Mata e o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira - IMIP, no Recife, onde faleceu nesta terça-feira (10).

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A unidade de saúde afirmou que ela deu entrada no hospital em estado gravíssimo, passou por cesárea de emergência, onde foi confirmada a morte do feto que estava com 38 semanas e foi submetida a histerectomia subtotal, recebeu transfusão de sangue e, após estabilização.

Logo após todos os procedimentos, foi transferida, no mesmo dia, ao Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP).

Ainda de acordo com a nota, a paciente recebeu "toda a assistência necessária da equipe multiprofissional do Hospital Ermírio Coutinho, passando por todos os procedimentos necessários diante do seu quadro clínico."

Confira a nota na íntegra

A direção do Hospital Ermírio Coutinho informa que, às 8h da última segunda-feira (9/8), a paciente citada pela reportagem deu entrada na unidade em estado gravíssimo, encaminhada de serviço municipal. A mulher, que estava com idade gestacional de 38 semanas, passou por cesárea de emergência que constatou o óbito fetal, intra-uterino. A paciente foi submetida a histerectomia subtotal, recebeu transfusão de sangue e, após estabilização, foi transferida, no mesmo dia, ao Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip). É importante destacar que a gestante recebeu toda a assistência necessária da equipe multiprofissional do Hospital Ermírio Coutinho, passando por todos os procedimentos necessários diante do seu quadro clínico.

Por fim, a direção da unidade, referência em obstetrícia para a região, reforça o compromisso e o empenho na assistência materno-infantil e solidariza-se com os familiares da paciente neste momento de dor.

Vanessa Araújo tinha 24 anos.
Vanessa Araújo tinha 24 anos.
Reprodução/TV Jornal

Família acredita em negligência médica

A família de Vanessa acredita que a causa da morte foi negligência médica. Antes de ser transferida para o hospital em Nazaré da Mata, ela passou mal e foi socorrida para o Hospital Edson Álvares, na cidade de Machados, onde a família mora.

"Ela se preparou para ter o filho na cesária, porque tinha medo de ter em parto normal. O pré-natal estava tudo certo. No último domingo, ela sentiu a boca dormente, dor de estômago, dor de barriga. No primeiro hospital, tudo indica que o que deram nela foi injeção. Não examinaram. Foi quando transferiram ela para Nazaré.", diz Edileuza Mendes, sogra de Vanessa e avó da criança, em entrevista à reportagem da TV Jornal nesta quarta-feira (11)

"Na segunda-feira de manhã, ela foi transferida para o segundo hospital. Aí foi quando o meu filho ligou para mim. Eu subi correndo para Machados, quando cheguei lá e vi a situação que ela estava. Sem um pingo de sangue, sem reação nenhuma. Totalmente morta", lamentou dona Edileuza

"Em Nazaré, quando escutaram o coração da criança, já estava morta. Fizeram de tudo para salvar a mãe, mas não conseguiram.", concluiu.

Nota do Cremepe na íntegra

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) informa que notícias de fato que envolvam possível infração ao Código de Ética Médica, são encaminhadas para a corregedoria desse Conselho para avaliar abertura de sindicância “ex-offício” para apuração dos fatos. A partir de então, o expediente corre em sigilo processual, para não comprometer a investigação, e segue o que estabelece o Código de Processo Ético Profissional (CPEP) – Resolução CFM Nº 2.145/2016.

Assessoria de Comunicação do Cremepe