
Com informações de Agência Brasil
O fim do auxílio emergencial ajudará no controle da inflação, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Em audiência pública virtual no Congresso Nacional, o ministro também citou a aprovação do projeto de lei que concede autonomia ao Banco Central (BC), como fator que reduzirá as pressões sobre os índices de preços.
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Confira o que disse o Ministro da Economia sobre o fim do Auxílio Emergencial
“Nós achamos que esse aumento de inflação vai se dissipar. Primeiro, porque o presidente da Câmara [dos Deputados, Rodrigo Maia] vai aprovar o Banco Central independente, que vai impedir que essa alta transitória de preços prossiga", declarou o ministro.
Ele finalizou: "E, segundo, porque a própria suavização do auxílio emergencial, na medida em que ele desce e recai no Bolsa Família. Essa explosão de preços de construção civil, de alimentos, se acalma um pouco”.
Ministro da Economia critica demora para aprovar medidas econômicas
Guedes criticou a demora na aprovação de medidas que reduzam os gastos públicos e flexibilizem o orçamento.
As reformas do pacto federativo e da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, paradas no Senado há um ano.
Entre as reformas fiscais, dois projetos, um que desvincula recursos parados em fundos públicos e outro que institui um plano de recuperação fiscal para estados, aguardam votação na Câmara.
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Segundo Guedes, a equipe econômica fez sua parte, enviando as propostas ao Congresso.
Agora, cabe aos parlamentares destravar a pauta e votar os textos.
“É completamente insensato, quase desonesto, ficar cobrando coisas que já estão entregues. É muito fácil disfarçar desentendimento político passando a conta para quem já fez a sua parte", declarou.
O ministro finalizou com: "Não cobrem da economia. Quem faz o timing das reformas é a política. Não adianta devolver a conta para a economia".
Ministro da Economia também falou sobre a reforma tributária
O ministro também pediu empenho na aprovação da reforma tributária, que tramita em uma comissão mista especial do Congresso.
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Segundo Guedes, o debate está interditado por causa de acordos entre parlamentares da Mesa Diretora e partidos de esquerda.
Ele também disse que acordos entre legendas de esquerda estão atrapalhando o cronograma de privatizações.