Ômicron: variante provoca sintoma incomum em crianças; veja detalhes
É importante que pais e responsáveis fiquem atentos para que o diagnóstico da covid-19 não passe despercebido.

Notificada em 57 países, a variante Ômicron do novo coronavírus tem causado medo na população mundial por sua grande capacidade de transmissão. Além disso, nas crianças pequenas foi constatado que a cepa provoca um sintoma incomum da covid-19.
Como a Ômicron atinge crianças?
Em entrevista ao The Sun, o médico David Lloyd, que atua como clínico-geral da região norte de Londres, disse que cerca de 15% das crianças pequenas contaminadas pela variante têm apresentado erupções cutâneas.
Por ser um sintoma menos usual, é preciso que os pais e responsáveis fiquem atentos para que o diagnóstico da covid-19 não passe despercebido.
Além das erupções na pele, especialistas relatam que os principais sintomas associados à ômicron são dores de cabeça, no corpo e fadiga. As crianças infectadas também apresentaram sinais acrescidos de falta de apetite.
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O que significa Ômicron?
Ômicron é a 15ª letra do alfabeto grego.
Quando as primeiras variantes do coronavírus começaram a aparecer, os cientistas logo adotaram um sistema para classificá-las.
Desse modo, o Sars-CoV-2 identificado pela primeira vez em Wuhan, na China, se tornou a linhagem A.
A partir daí, conforme eram descritas novas mutações no vírus, elas eram divididas por esse código. Assim, surgiu a variante A.1, a A.2, a B.1.1, a C.30.1 e assim por diante.
Só que chegou um momento em que esse sistema virou uma verdadeira sopa de letras (e números) que causava uma tremenda confusão em quem não é especialista da área.
Esse foi um dos fatores que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a criar um novo critério a partir de maio de 2021: as variantes de preocupação (conhecidas pela sigla em inglês VOC) e as variantes de interesse (VOI) passaram a ser nomeadas de acordo com o alfabeto grego.
Como o próprio nome já indica, as VOC e as VOI são as linhagens que trazem mutações importantes, que podem tornar o vírus mais transmissível ou agressivo, por exemplo.
Foi assim que a B.1.1.7, descoberta no Reino Unido, virou a alfa, a B.1.351 (África do Sul) se transformou em beta, a P.1 (Brasil) em gama, a B.1.617.2 (Índia) em delta e a B.1.1.529 (África do Sul) em ômicron.
Essas, aliás, são as cinco VOCs que surgiram até agora.
Além da praticidade, há um segundo motivo que levou a OMS a sugerir o alfabeto grego. A ideia foi evitar preconceitos e comentários xenófobos, que relacionavam a variante com o seu local de origem.