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Caso Beatriz: Mãe da menina se emociona após suspeito do crime ser identificado; Veja vídeo

Mãe de Beatriz se emociona após suspeito do crime ser identificado. Garota de 7 anos foi assassinada em uma escola de Petrolina, em 2015

Karina Albuquerque
Karina Albuquerque
Publicado em 12/01/2022 às 8:00
Notícia
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Lucinha Mota cobrou, incansavelmente, respostas da Polícia Civil de Pernambuco para que o assassino de Beatriz fosse identificado e preso - FOTO: Reprodução

Lucinha Mota, mãe de Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, se emocionou ao receber a notícia de que o suspeito de matar Beatriz foi identificado pela polícia, nessa terça-feira (11).

"Quando eu recebi a noticia aqui eu passei mal. Quando o chefe de polícia confirmou, me disse que era ele e que ele tinha confessado, a gente perde os sentidos na hora, mas já estou bem", disse a mãe, emocionada, em uma rede social.

"Eu peço a Deus que seja ele, peço muito a Deus nas minhas orações, peço a Deus que se confirme e que isso tudo acabe, que esse assassino seja tirado da sociedade, que ele seja preso, condenado", desabafou Lucinha.

O suspeito de matar Beatriz

O homem suspeito de matar Beatriz Mota já estava preso por outros crimes. O homem, que é apontado como autor do crime, se encontra em uma unidade prisional pela prática de outros crimes, onde teria sido ouvido e confessado o crime, de acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS).

De acordo com o Blog de Jamildo, o nome do autor é Marcelo da Silva. Saiba mais sobre o suspeito de matar Beatriz Mota clicando aqui.

Mãe de Beatriz pede mais investigação

Apesar da notícia, a mãe ainda não está satisfeita e pede mais informações: "No inquérito de Beatriz não cabe um inocente, só cabem os culpados. Se foi feito um exame de DNA e deu positivo, tem outros elementos que precisam ser confirmados, principalmente a motivação dos crimes".

"Não me venha a policia me dizer que ele era um doido que estava no meio da rua e entrou no colégio. Não venham com esse argumento, que comigo não cola não. Ninguém entra no colégio Auxiliadora sem ser conduzido por alguém, principalmente pra entrar naquelas salas ali, o DNA por si só não é suficiente", completou Lucinha.

O assassinato de Beatriz Mota

Beatriz foi morta a facadas na formatura da irmã em uma escola em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, em dezembro de 2015.

Ela desapareceu após sair para beber água e foi encontrada sem vida dentro do próprio colégio. As investigações do caso estavam em aberto desde então. O caso foi solucionado pela equipe formada em 2019.

Caso sem solução por 6 anos

Praticado no dia 10 de dezembro de 2015, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, o assassinato de Beatriz completou seis anos em 2021 sem que ninguém tivesse sido preso.

Com 24 volumes, o inquérito do caso, que possui 442 depoimentos, sete tipos diferentes de perícias, 900 horas de imagens e 15 mil chamadas telefônicas analisadas, foi remetido ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), no dia 13 de dezembro de 2021.

Os autos já haviam sido enviados em 2019, quando o MPPE requisitou novas diligências. Todas as solicitações foram cumpridas e entregues ao Ministério pela Força-Tarefa criada pela Chefia de Polícia para investigar o caso.

Os quatro delegados, com vasta experiência em investigações relativas a crimes de homicídios, revisitaram todo o material que já havia sido produzido e realizaram novas diligências. 

Perito do caso Beatriz demitido

No dia 28 de dezembro, o perito criminal Diego Costa, que prestou consultoria de segurança ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora após o assassinato da menina Beatriz foi demitido pelo governador Paulo Câmara

O perito era sócio de uma empresa de segurança que foi contratada pela escola e, posteriormente, participou da investigação do caso.

Caminhada da família de Beatriz

Para cobrar justiça diante do caso até então sem solução, a família de Beatriz, deu início a uma caminhada, no dia 5 de dezembro de 2021, de Petrolina até o Recife. Ao todo, a mulher percorreu 702 km, em um trajeto que durou 23 dias.

"Eu vim caminhando de Petrolina a pé até Recife, imagine só o que não sou capaz de fazer", afirmou a mãe da garota, Lúcia Mota, na ocasião.

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