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Caso Beatriz: suspeito de matar menina de 7 anos é identificado pela polícia

Criança foi encontrada morta com 42 facadas dentro de um colégio em Petrolina, no dia 10 de dezembro de 2015

Bruna Oliveira
Bruna Oliveira
Publicado em 11/01/2022 às 18:58 | Atualizado em 13/01/2022 às 17:33
Notícia
Arquivo pessoal
Beatriz foi assassinada com 42 facadas em Petrolina, no Sertão do estado - FOTO: Arquivo pessoal

Com informações do Blog de Jamildo

A Polícia Civil de Pernambuco identificou, nesta terça-feira (11), o suspeito de ser o autor do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, que foi morta na formatura de uma escola em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, dezembro de 2015.

O homem, que é apontado como autor do crime, se encontra em uma unidade prisional pela prática de outros crimes, onde teria sido ouvido e confessado o crime, de acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS). De acordo com o Blog de Jamildo, o nome do autor é Marcelo da Silva.

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O caso teria sido solucionado com base em exames de DNA feitos na arma do crime. A criança foi morta com 42 facadas.

Por meio de nota, a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, afirmou que a prisão se deu após um conjunto de forças estudais de segurança pública. Leia nota na íntegra no fim desta matéria.

"A equipe revisitou todo o inquérito e realizou novas diligências. A identificação do suspeito se deu por meio de análises do banco de perfis genéticos do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, realizadas no dia de hoje, que identificou o DNA recolhido na faca utilizada no crime", diz trecho do texto. 

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Mais detalhes sobre a operação serão apresentados na manhã desta quarta-feira (12) na sede da Secretaria de Defesa Social (SDS-PE), no bairro de Santo Amaro, na Área Central do Recife.

Apesar da confirmação da SDS, a reportagem da TV Jornal entrou em contato com os pai de Beatriz, Sandro Romilton, que informou que, até às 19h desta terça-feira não havia sido informado pela SDS sobre a prisão.

Relembre o assassinato de Beatriz

A menina Beatriz Mota foi morta aos sete anos de idade, com 42 facadas, no dia 10 de dezembro de 2015, dentro de uma sala desativada, no colégio particular onde estudava.

Ela estava na festa de formatura da irmã mais velha e haviam várias pessoas no colégio. A criança se afastou dos pais para beber água e teve o corpo encontrado, cerca de 30 minutos depois.

Caso sem solução por 6 anos

Praticado no dia 10 de dezembro de 2015 no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, o assassinato de Beatriz completou seis anos em 2021 sem que ninguém tivesse sido preso.

Com 24 volumes, o inquérito do caso, que possui 442 depoimentos, sete tipos diferentes de perícias, 900 horas de imagens e 15 mil chamadas telefônicas analisadas, foi remetido ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), no dia 13 de dezembro de 2021.

Os autos já haviam sido enviados em 2019, quando o MPPE requisitou novas diligências. Todas as solicitações foram cumpridas e entregues ao Ministério pela Força-Tarefa criada pela Chefia de Polícia para investigar o caso.

Os quatro delegados, com vasta experiência em investigações relativas a crimes de homicídios, revisitaram todo o material que já havia sido produzido e realizaram novas diligências. 

Perito demitido em dezembro

No dia 28 de dezembro, o perito criminal Diego Costa, que prestou consultoria de segurança ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora após o assassinato da menina Beatriz foi demitido pelo governador Paulo Câmara

O perito era sócio de uma empresa de segurança que foi contratada pela escola e, posteriormente, participou da investigação do caso.

Caminhada da família de Beatriz

Para cobrar justiça diante do caso até então sem solução, a família de Beatriz, deu início a uma caminhada, no dia 5 de dezembro de 2021, de Petrolina até o Recife. Ao todo, a mulher percorreu 702 km, em um trajeto que durou 23 dias.

"Eu vim caminhando de Petrolina a pé até Recife imagine só o que não sou capaz de fazer", afirmou a mãe da garota, Lúcia Mota, na ocasião.

O que diz a escola onde a menina foi morta

Por meio de nota, o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, disse que as informações concedidas pela SDS, e um primeiro momento, trazem alento a toda comunidade. 

"Reafirmamos que nos solidarizamos com os pais e familiares de Beatriz Mota e que continuamos colaborando, irrestritamente, com as investigações sempre que somos acionados", diz trecho do texto.

Leia nota na íntegra

O Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, tendo em vista as informações repassadas pelo Secretário de Defesa Social do Estado de Pernambuco em entrevista realizada no dia de ontem (12/01/2022), de que após exames periciais de DNA conseguiu-se identificar executor do crime da menor Beatriz Moto, vem a público manifestar que respectivas informações, nesse primeiro momento, trazem alento a toda comunidade Salesiana, que tanto busca pela solução deste caso. Reafirmamos que nos solidarizamos com os pais e familiares de Beatriz Mota e que continuamos colaborando, irrestritamente, com as investigações sempre que somos acionados. Rogamos pela continuidade das apurações, confiando plenamente na Justiça, Polícia Civil do Estado-PE e Ministério Público-PE para a solução do caso.

Nota da SDS na íntegra

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, por meio do trabalho conjunto das forças estaduais de segurança pública, chegou, nesta terça-feira (11), ao autor do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, ocorrido em 2015, em Petrolina. Por determinação do governador Paulo Câmara, a Força Tarefa - criada em 2019 para investigar o caso foi mantida mobilizada até a elucidação deste crime. A equipe revisitou todo o inquérito e realizou novas diligências. A identificação do suspeito se deu por meio de análises do banco de perfis genéticos do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, realizadas no dia de hoje, que identificou o DNA recolhido na faca utilizada no crime. Em confrontação de perfis genéticos do banco, chegou-se ao DNA do suspeito, que se encontra preso por outros delitos em uma unidade prisional do Estado. Ao ser ouvido pelos delegados da Força Tarefa, confessou o assassinato e foi indiciado.

Outras informações serão fornecidas na coletiva que será realizada, nesta quarta-feira (12), às 9h, no auditório da SDS, com representantes da Polícia Civil, Polícia Científica e Ministério Público de Pernambuco.

 

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