
"Eu não queria fazer isso, me perdoe, me mate, me mate, eu não queria machucar a sua família, me perdoe por favor", gritou João Victor Ribeiro de Oliveira, 29 anos, que está sendo julgado, nesta terça-feira (15), por ter causado a colisão que matou três pessoas, no dia 26 de novembro de 2017, no cruzamento entre a Avenida Rosa e Silva e a Rua Cônego Barata, na Tamarineira, Zona Norte do Recife.
Durante o depoimento emocionado do advogado Miguel da Motta Silveira, que perdeu a esposa e o filho na colisão, o acusado entrou em desespero. João Victor se jogou no chão, pediu para ser morto e pediu desculpas. A sessão foi interrompida e o homem retirado por policiais.
Homem acusado de causar acidente na Tamarineira se desespera
"Não tem pena, nem mínima, nem máxima, que vá confortar o coração de um pai, de um marido. Mas, o principal disso tudo é a gente mostrar para a sociedade, para o ser humano, o quanto custa uma vida. O quanto isso destrói sonhos, vidas e, infelizmente foi com a minha família e com a família de Rose, da babá. Torço para que seja pena máxima. Para que seja um exemplo, de que pelo menos a extensão de dano causado seja proporcional a pena aplicada", disse o advogado, em entrevista à reportagem da TV Jornal nesta segunda-feira (14).
Relembre o acidente na Tamarineira
Marcelinha, como é chamada a filha do casal que sobreviveu, teve traumatismo cranioencefálico e precisou passar por várias terapias. A evolução dela é considerada um milagre pelo pai, de acordo com o quadro que ela apresentou na época do acidente.
Defesa do acusado
A produção da TV Jornal entrou em contato com a defesa de João Victor Ribeiro de Oliveira Leal. Em nota, a advogada dele, Gabriella Souza Rollim, disse: "A defesa confia na justiça e, justiça, neste caso, não é vingança."
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