Após passar oito dias internado e chegar a ser intubado, um adolescente de 16 anos morreu, no último sábado (20), no município de Simões, no Piauí, por conta de uma infecção causada pelo fungo coccidioides (PCM).
Conhecida popularmente como "doença do tatu", a coccidioidomicose acometeu, além da vítima fatal, o irmão de 14 anos e um amigo, de 22, que está internado em estado grave. Os três começaram a apresentar os sintomas após caçarem tatus, há aproximadamente um mês.
A doença, que afeta principalmente os pulmões e pode chegar a se assemelhar à tuberculose quanto aos sintomas, é uma micose sistêmica. De acordo com o Ministério da Saúde, a exposição à poeira de lugares contaminados pelo fungo é um fator de risco crítico.
Entrevistado pelo UOL Notícias, o prefeito de Simões, que fica a 400 km ao sul de Teresina, afirmou que "há uma cultura de caçar tatu e algumas pessoas vendem as carnes. O local onde [os jovens] teriam sido contaminados pelo fungo em uma área de uma serra na região".
Como ocorre a transmissão da doença do tatu?
Apesar de ser conhecida popularmente como doença do tatu, vale ressaltar que a condição não é transmitida pelos animais. A transmissão acontece principalmente através da inalação do fungo presente em solo contaminado.
Normalmente, a coccidioidomicose atinge pessoas com alto risco de exposição ao fungo, que pode ser encontrado em tocas de animais e sítios arqueológicos.
Quais são os sintomas da doença do tatu?
Entre os principais sintomas provocados pela infecção do fungo coccidioides estão:
- tosse seca;
- febre;
- dor no peito;
- dores nas articulações; e
- manchas, bolhas ou nódulos na pele.
Qual é o tratamento da doença do tatu?
É importante que, quando constatados os sintomas, a pessoa busque atendimento médico imediato para confirmar o diagnóstico. Isso porque outras doenças apresentam sintomas parecidos, o que pode levar a uma confusão.
O tratamento da doença é feito através da administração de medicamentos antifúngicos, dependendo da gravidade do caso. Algumas pessoas podem apresentar lesão pulmonar grave e o tratamento pode envolver cirurgia.
* Com informações do UOL VivaBem.
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