CASO BEATRIZ ANGÉLICA

'A gente dormia e acordava imaginando esse dia', diz mãe de Beatriz antes da audiência do acusado pela morte da menina

A audiência, prevista para começar às 8h, contará com os depoimentos dos pais de Beatriz

Vitória Floro
Vitória Floro
Publicado em 22/11/2022 às 9:14 | Atualizado em 05/01/2023 às 14:25
Notícia
Arquivo pessoal
Beatriz foi assassinada com 42 facadas em Petrolina, no Sertão do estado - FOTO: Arquivo pessoal

Começa nesta terça-feira (22), a audiência de instrução e julgamento de Marcelo da Silva, homem acusado de matar a menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos de idade, em 10 de dezembro de 2015, em um colégio particular de Petrolina, Sertão de Pernambuco.

Pela manhã, em entrevista à equipe da TV Jornal, Lucinha, mãe da garota, falou sobre a espera da resolução do crime durante todos os anos em que nenhum suspeito foi encontrado.

"A gente dormia e acordava imaginando esse dia, imaginando quem seria o assassino de Beatriz e o que motivou essa barbárie tão cruel e covarde"
Lucinha Mota

Seguindo a previsão, 16 testemunhas de acusação e defesa, fora o réu, serão ouvidas no Fórum de Petrolina. A audiência, prevista para começar às 8h, também contará com os depoimentos dos pais de Beatriz, Lucinha Mota e Sandro Romilton.

Visivelmente emocionada, Lucinha falou sobre o sentimento que motivou a luta pela busca de justiça para o caso da filha. "Não tem como não se emocionar. Não foi uma luta fácil, não teve um dia fácil, todos os dois foram difíceis, mas tem duas coisas que nem a morte tira de mim: minha fé e a minha dignidade", contou.

Beatriz foi assassinada enquanto participava da festa de formatura da irmã, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde o pai era professor de inglês.

REPRODUÇÃO/TV JORNAL
Carta escrita pelo suspeito de matar a menina Beatriz Angélica Mota - REPRODUÇÃO/TV JORNAL

Nos últimos seis anos de investigação, foram sete perícias, 24 volumes no inquérito, 442 depoimentos e 900 horas de imagens analisadas.

Hoje é o primeiro passo para garantir justiça a Beatriz
Lucinha Mota

Segundo informações da coluna Ronda JC, devido a proporção e repercussão do caso, um reforço policial foi acionado e programado para os dois dias planejados para a audiência. 

Em nota, a corporação destacou que policiais do 5º Batalhão e também do 2ºBIESP ( Batalhão Integrado Especializado) foram convocados para o local.

Além disso, a Justiça não autorizou a presença da imprensa na audiência. Os repórteres foram liberados apenas para realizar entrevistas e captar imagens em frente ao Fórum.

RELEMBRE MOMENTOS IMPORTANTES DO CASO BEATRIZ ANGÉLICA

Beatriz foi morta a facadas enquanto estava na formatura da irmã no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em 10 de dezembro de 2015.

Apenas em janeiro de 2020, Marcelo da Silva confessou o crime e agora responde por homicídio triplamente qualificado.

A polícia chegou até Marcelo por meio do cruzamento de DNA, feito com amostradas coletadas na faca usada em Beatriz.

Em um depoimento gravado em vídeo,  o homem detalhou momentos do crime. Afirmando que havia matado a menina para que ela parasse de gritar.

 

EMERSON PEREIRA/TV JORNAL
JUSTIÇA Pais de Beatriz saíram de Petrolina no último dia 5 de dezembro em uma verdadeira cruzada de mais de 700 km, e que durou mais de 20 dias, por respostas sobre o caso da filha - EMERSON PEREIRA/TV JORNAL

A revelação do suspeito aconteceu apenas duas semanas depois dos pais de Beatriz organizarem uma caminhada em protesto para o andamento do caso. 

Juntos, Lucinha e Sandro caminharam por 23 dias de Petrolina até Recife para cobrar por justiça. 

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Lucinha Mota
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