Pílula do dia seguinte

Pílula do dia seguinte deve ser tomada no mesmo dia da relação sexual desprotegida, dizem médicos

Apesar do termo "dia seguinte", especialistas garantem que pílula tem maior eficácia quanto antes for ingerida, após ato sexual desprotegido

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Gabriel dos Santos

Publicado em 22/11/2023 às 10:27 | Atualizado em 22/11/2023 às 10:37
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Apesar de ser conhecida como "pílula do dia seguinte", quanto antes ela for tomada após uma relação sexual desprotegida, maior a sua eficácia. 

Considerado um método emergencial e que não deve ser corriqueiro, a pílula do dia seguinte usa hormônios para provocar mudanças no corpo da mulher que evitem o encontro entre o espermatozoide e o óvulo.

“As mulheres devem tomar a pílula o mais rápido possível após a relação sexual desprotegida. A eficácia é maior quando a pílula é tomada nas primeiras 24 h, após o ato sexual, podendo ser feito o uso até 72 h depois do sexo. Alguns estudos mostram eficácia em até 5 dias após a relação sexual, porém com percentual bem menor”, detalha o médico ginecologista e obstetra Paulo Henrique Aureliano.

Coordenadora do setor de Ginecologia do Hospital Agamenon Magalhães (HAM), Renata Sivini explica que o medicamento é vendido de duas maneiras. “Em dose única ou em dois comprimidos. A indicação, no caso dos dois comprimidos, é aguardar 12 horas após a ingestão do primeiro para tomar o segundo”, afirma a ginecologista e obstetra.

Pílula do dia seguinte só deve ser tomada em último caso

“A pílula do dia seguinte deve ser encarada como última opção, tendo em vista que a prevenção através de contraceptivos antes e/ou durante a relação sexual são muito mais eficazes”, explica Aureliano.

Entre motivos para tomar a pílula do dia seguinte, segundo o médico, estão:

  • rompimento de preservativo;
  • pausa prolongada no anticoncepcional oral;
  • em caso de esquecer de aplicar o anticoncepcional injetável na data correta;
  • expulsão do diafragma ou do DIU e
  • em casos de violência sexual.

Pílula do dia seguinte não é abortivo

O método não é abortivo. “Uma vez que a fecundação ocorre, tais alterações hormonais não são capazes de impedir a implantação do ovo fecundado no útero”, comenta Aureliano.

Inclusive, a única contra indicação do método é justamente para mulheres grávidas.

A reportagem foi feita após consulta com os médicos:

  • Paulo Henrique Aureliano (CRM-PE 24255), médico pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), especialista em Ginecologia e Obstetrícia pelo IMIP, Fellowship em Uroginecologia pelo IMIP, Fellowship em Uroginecologia pelo IMIP, Preceptor da Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia no setor de Urgência/Emergência Obstétrica e Sala de Parto do Hospital da Mulher do Recife, e
  • Renata Sivini (CRM-PE 21287), ginecologista e obstetra, coordenadora do setor de Ginecologia do Hospital Agamenon Magalhães (HAM). Ela é sócia-fundadora do Grupo Florescer, com especialização em Endoscopia Ginecológica (histeroscopia e videolaparoscopia) e formação no método Gasguet.

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