O preço dos remédios deve ser reajustado em todo o Brasil a partir deste domingo (31), conforme reajuste aprovado pelo Governo Federal. O aumento nos medicamentos pode chegar a 4,5%.
Esse percentual, que funciona como um teto (valor máximo), foi definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e publicado no Diário Oficial da União (DOU) da última quinta-feira (28).
De acordo com o Ministério da Saúde, o valor é o menor praticado desde 2020. A pasta diz que o percentual "não é um aumento automático nos preços, mas uma definição de teto permitido de reajuste".
Isso significa que as farmácias poderão aplicar, no máximo, 4,5% de reajuste no preço dos remédios, não significando um aumento imediato nos valores.
Os comerciantes poderão aplicar esses 4,5% de reajuste de uma vez ou "parcelar" esse aumento ao longo do ano. Mas, até março do ano que vem (quando a Câmara de Regulação deve soltar nova regra), farmácias e fabricantes não podem aplicar reajustes maiores que esse.
Empresas
Na resolução que determinou o reajuste, o conselho informa que as empresas produtoras deverão dar "ampla publicidade" aos preços de seus medicamentos, não podendo ser superior aos preços publicados pela Câmara de Regulação no portal da Anvisa.
O cálculo feito pelo CMED para chegar ao índice levou em consideração fatores como a inflação dos últimos 12 meses (IPCA), a produtividade das indústrias de medicamentos, custos não captados pela inflação, como o câmbio e tarifa de energia elétrica e a concorrência de mercado, conforme determina o cálculo definido desde 2005.