A pesquisadora Marina Correa estuda há muitos anos diversos aspectos da Assembleia de Deus, igreja centenária e a maior da denominação pentecostal no Brasil.
Em sua pesquisa de pós-douturado, que começou em 2015, Marina estudou sobre como se organizam as Assembleias de Deus do país. O estudo resultou no livro "Dinastias Assembleianas - Sucessões familiares nas Igrejas das Assembleias de Deus no Brasil".
A escolha para o cargo de pastor-presidente nas igrejas da AD é, em teoria, feita por chamado espiritual, ou seja, designada por Deus, que orienta a liderança da Igreja para tomar a decisão. Também é uma posição que confere prestígio, poder e influência sobre a comunidade religiosa.
Sucessões familiares nas Assembleias de Deus
Marina Correa reuniu informações e listou os casos de sucessão presidencial ocorridos entre membros da mesma família. Na maioria das vezes, de pai para filho, mas também de sogro para genro, de avô para neto e de um irmão para o outro.
Nomes conhecidos nacionalmente aparecem na relação da pesquisadora. Paulo Leivas Macalão, antigo pastor titular em São Paulo, escolheu o cunhado Sylvio Brito para ser o primeiro pastor da AD Ministério de Madureira.
O Bispo Manoel Ferreira, que ocupava dois cargos de pastor-presidente, passou um título para cada filho. Samuel Ferreira ficou com a AD Ministério de Madureira em Campinas (SP) e Abner Ferreira assumiu a igreja de Madureira (RJ).
Silas Malafaia, líder mais conhecido da denominação, recebeu o posto de liderança da Assembleia de Deus Vitória em Cristo do sogro, o pastor José Santos, falecido em 2010. Antes, a igreja se chamava Assembleia de Deus na Penha.
No Recife (PE), o título do pastor José Leôncio da Silva foi para o seu genro, Ailton José Alves, atual pastor-presidente da IEADPE.
Outras capitais aparecem na lista de Marina Correa: Florianópolis, Fortaleza, Manaus, Belo Horizonte, Vitória, Teresina e Cuiabá têm pastores-presidentes que receberam o cargo diretamente do seu pai ou avô.
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