Uma pastora identificada por Fabiola Saad Pedroza é portadora de uma doença autoimune chamada miastenia gravis, que afeta dos músculos e apresenta crises de neuralgia do trigêmeo.
Segundo informações do G1, a religiosa, que faz parte da Assembleia de Deus - ministério Manancial, e que tem 44 anos, sofreu por muito tempo com dores e chegou a ficar internada por dois anos no hospital.
Fabiola revelou que tudo melhorou desde a descoberta da Cannabis medicinal. "Hoje eu posso tomar banho no chuveiro, eu tenho vida. Tinham poucos momentos em que eu podia ter felicidade ao lado das crianças", revelou.
Fabiola e o marido são pastores há 24 anos. Ele estava com ela quando ela teve uma crise na rua e melhorou depois que uma pessoa que passava lhe deu uma dose de óleo de canabidiol.
"Isso marcou muito a minha vida. Com essas doenças, eu tive uma depressão muito grave; eram muitos problemas. Até que eu conheci o canabidiol. Em um ponto de ônibus, saindo do mercado com o meu marido, tive uma crise epilética e a mãe de uma criança que tratava de epilepsia refratária, que tratava seu filho com isso, veio e pôs embaixo da minha língua. Depois de alguns minutos, eu fui me acalmando, fui voltando à realidade", relembra.
Ao todo, já fazem quatro anos que Fabiola começou a fazer o tratamento com Cannabis. Atualmente, ela quer obter a autorização da Justiça para plantar maconha em casa, para produzir o próprio óleo, já que o produto que ela usa vai deixar de ser produzido.
"Diariamente, eu encontro uma barreira por causa de uma planta. Como você usa a babosa, você usa a hortelã para o pulmão, você usa várias outras plantas... É uma planta! Eu sei que eu preciso e o governo me impede de ter essa planta em casa. Eu preciso plantar, preciso fazer o meu óleo, preciso viver. É uma maravilha! Me sinto muito viva, produtiva. Estou até de salto alto, gente! Isso é milagre", disse.
A pastora pode se beneficiar de uma decisão inédita da 6ª Turma do STJ que, em junho desse ano, autorizou três pessoas a cultivar para extrair o óleo para consumo próprio.
"Acredito que as pessoas que fazem tratamento com produtos à base de Cannabis tendem a ser beneficiadas por essa decisão; as perspectivas são boas. Pressiona de alguma forma o Poder Executivo a regulamentar, porque, inclusive, o STJ fala isso expressamente na decisão. Que, embora já seja permitida, pela lei, há 40 anos, o cultivo da Cannabis para fins medicinais, a regulamentação necessária para que as pessoas possam efetivamente cultivar, na prática, não existe", destaca a defensora pública Letícia Avelar.
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