Nesta segunda-feira (30), os líderes do Senado Federal, ficaram na contramão de declarações do presidente Jair Bolsonaro, e assinaram um manifesto em favor do isolamento social para minimizar os efeitos da pandemia do novo coronavírus.
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De acordo com informações do UOL, o documento foi proposto pelo próprio líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e recebeu a aprovação de todos os demais líderes em reunião nesta segunda.
A confirmação foi do vice-presidente da Casa, senador Antonio Anastasia (PSD-MG). Ele comanda o Senado enquanto o presidente, Davi Alcolumbre (DEM-AP), se recupera da infecção pelo coronavírus.
Manifesto
No manifesto, intitulado "Pelo Isolamento Social", os senadores declararam a importância de, quem puder, não sair de casa a fim de não transmitir o coronavírus.
“Somente o isolamento social, mantidas as atividades essenciais, poderá promover o ‘achatamento da curva’ de contágio, possibilitando que a estrutura de saúde possa atender ao maior número possível de enfermos, salvando assim milhões de vida, conforme apontam os estudos sobre o tema”, afirmaram os líderes no documento. O Senado Federal se manifesta de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde e apoia o isolamento social no Brasil, ao mesmo tempo em que pede ao povo que cumpra as medidas ficando em casa”, ressaltou o manifesto.
Além disso, os senadores disseram ainda que cabe ao Estado "apoiar as pessoas vulneráveis, os empreendedores e outros segmentos que possam atingidos economicamente pelos efeitos do isolamento social".
Nota oficial
*Pelo isolamento social *
A pandemia do coronavírus impõe a todos os povos e nações um profundo desafio no seu enfrentamento.
A experiência dos países que estão em estágios mais avançados de disseminação da doença deixa claro que, diante da inexistência de vacina ou de tratamento médico plenamente comprovado, a medida mais eficaz de minimização dos efeitos da pandemia é o isolamento social.
Somente o isolamento social, mantidas as atividades essenciais, poderá promover o “achatamento da curva” de contágio, possibilitando que a estrutura de saúde possa atender ao maior número possível de enfermos, salvando assim milhões de vida, conforme apontam os estudos sobre o tema.
Ao Estado cabe apoiar as pessoas vulneráveis, os empreendedores e segmentos sociais que serão atingidos economicamente pelos efeitos do isolamento.
Diante do exposto, o Senado Federal se manifesta de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde e apoia o isolamento social no Brasil, ao mesmo tempo em que pede ao povo que cumpra as medidas ficando em casa.