Renda Brasil

Programa que substituiria Bolsa Família e Auxílio Emergencial é suspenso por divergências sobre parcelas

Divergência de valores e preocupação com extinção de outros programas estão entre motivos de discussão

Agência Senado
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Publicado em 28/08/2020 às 10:27
Marcello Casal Jr./Agência Brasil
FOTO: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O envio da proposta do programa Renda Brasil ao Congresso Nacional foi suspenso pelo presidente Jair Bolsonaro.

O presidente defende que o novo programa de transferência de renda do governo tenha parcelas de R$ 300, enquanto a equipe econômica sugere R$250.

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O vice-líder do governo, senador Chico Rodrigues (DEM-RR), acredita que a equipe econômica consiga elevar esse valor para atender o presidente, já que tem os meios para apertar o cinto das despesas. A proposta está sendo reformulada para ser enviada ao Congresso Nacional, nos próximos dias.

Hoje, a média do Bolsa Família é de R$ 190. A intenção do governo era que o aumento fosse concedido a partir de janeiro do ano que vem, com a inclusão de 8 milhões de pessoas, no programa de transferência de renda.

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Extinção do Farmácia Popular

Já a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) disse estar preocupada com a possibilidade de extinção do Farmácia Popular para custear o novo programa.

Veto presidencial

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nessa quarta-feira (26), ao participar de evento em Ipatinga (MG), que a proposta do programa Renda Brasil está suspensa. O presidente informou que a proposta apresentada a ele pela equipe econômica "não será enviada ao Parlamento".

"Não podemos fazer isso aí, como, por exemplo, a questão do abono para quem ganha até dois salários mínimos, seria um décimo quarto salário. Não podemos tirar de 12 milhões de pessoas para dar para um Bolsa Família, um Renda Brasil, seja lá o que for o nome desse novo programa", acrescentou, ao discursar na cerimônia de reativação do alto-forno 1 da Usiminas

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Renda Brasil

Em junho, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que o governo federal criará um programa de renda mínima permanente, após a pandemia do novo coronavírus (covid-19), batizado de Renda Brasil.

De acordo com o ministro, haverá a unificação de vários programas sociais para a criação do programa, que deve incluir os beneficiários do auxílio emergencial, que recebem parcelas de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras), pagas em razão da pandemia da covid-19.