Os motoristas, cobradores e fiscais de ônibus realizam, nesta terça-feira (17), uma assembleia para decidir se irão realizar uma paralisação do serviço de transporte público. De acordo com a apuração da jornalista Roberta Soares, do Jornal do Commercio, a possível data para a greve começar é dia 24 de novembro. Ou seja, o risco da população da Região Metropolitana do Recife pode ficar sem transporte público em meio à pandemia do novo coronavírus.
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Lei que proíbe dupla função
Após o prefeito Geraldo Julio (PSB) sancionar a proibição dos motoristas de acumularem a função de cobrador nos ônibus do Recife, a Lei 18.761/2020 segue sem previsão de ser colocada em prática, de acordo com a apuração de Roberta Soares, do Jornal do Commercio. Além disso, ainda não se sabe como a lei será colocada em prática. Ainda de acordo com a jornalista da coluna Mobilidade, o Governo de Pernambuco informou que a operacionalização será feita de acordo com a orientação da Procuradoria Geral do Estado (PGE).
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Protestos proibidos e demissões
O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT), determinou que os motoristas, cobradores e fiscais de ônibus deixem de realizar novas paralisações dos serviços de transporte público. A decisão é liminar, e foi dada pela vice-presidente do TRT, Dione Nunes Furtado. Além disso, a decisão prevê multa de R$ 30 mil por cada futuro protesto que venha a acontecer a ser paga pelo Sindicato dos Rodoviários. Os rodoviários do Recife reclamam da dupla função exercida pelos motoristas e as demissões dos cobradores.
Durante um protesto no Centro do Recife, os rodoviários afirmaram que mais de 3 mil profissionais foram demitidos durante a pandemia do novo coronavírus, de acordo com a apuração do Por Dentro com Cardinot, além de reclamarem da superlotação dos ônibus e pedir para serem prioridade nos testes da covid-19.
Um ano e meio...
Antes de ser sancionada pelo prefeito do Recife e virar lei, o projeto passou um ano e meio para ser aprovado no Câmara dos Vereadores do Recife. A aprovação só aconteceu no mês de outubro de 2020. No total, foram 32 votos a favor e 1 contra (vereador contrário foi André Régis, do PSDB). Resta agora a sanção do prefeito Geraldo Júlio (PSB). O Projeto de Lei já tramitava na Câmara dos Vereadores há um ano e meio.