Bar no Espinheiro é interditado e multado por desrespeitar restrições

Interdição do Winner Sport Bar foi realizada por agentes do Procon na madrugada deste domingo
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 27/12/2020 às 18:50
Winner Sport Bar tinha clientes circulando sem máscara Foto: Divulgação/Procon


Clientes dançando, indo e vindo sem máscara e um ambiente lotado com mais de 70% da capacidade permitida.

Este foi o cenário que os agentes do Procon de Pernambuco encontraram ao chegar ao Winner Sport Bar, no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife, na madrugada deste domingo (27).

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Seria uma cena comum e natural, não fosse a pandemia do novo coronavírus que, desde março, já matou mais de 9.500 pessoas somente no Estado de Pernambuco.

O desrespeito aos protocolos de segurança sanitária fizeram com que o bar fosse interditado pelos agentes do Procon.

A música teve de parar e os clientes precisaram voltar para casa antes do esperado. Além disso, o Winner Sport Bar foi multado e, após ser interditado, só poderá reabrir, quando os responsáveis apresentarem defesa ao Procon.

Procon multa e interdita Winner Sport Bar

Em caso de descumprimento dos protocolos de segurança, bares e restaurantes podem receber multas entre R$ 5 mil e R$ 20 mil.

No entanto, se aceitarem assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o valor da multa para cada infração é de R$ 1.050. Se o Procon confirmar que a TAC foi descumprida, em algum dos seus termos, o estabelecimento volta a ser multado e deverá pagar 10 vezes o valor pago inicialmente.

Resposta do Winner Sport Bar

Em entrevista por telefone ao site da Rádio Jornal, Victor Ferraz, que é um dos sócios da Winner Sports Bar, afirmou que esta foi a primeira vez que o estabelecimento foi interditado desde a reabertura durante a pandemia.

Ferraz também disse que o bar ainda não foi multado e que vai apresentar a defesa ao Procon nesta segunda-feira (28).

O empresário disse que há um controle de comandas, que poderiam ter até 300 pessoas no evento e reclamou que os agentes do Procon não contaram a quantidade exata de clientes no estabelecimento e que a interdição se deu pelo fato das pessoas estarem “em pé e circulando sem máscara”.

Ainda por telefone, ele argumentou que o bar é um estabelecimento de permanência opcional.

“Diferente de ônibus que são necessários e que andam superlotados sem aumento de frota e multa para as empresas donas dos coletivos”, comparou.

Ferraz concluiu dizendo que “é melhor que bloqueiem logo tudo, porque é impossível conter as atitudes humanas dos clientes, como, por exemplo, levantar e querer interagir uns com os outros”.

Fiscalização de estabelecimentos irregulares 

Ao longo da madrugada de domingo, oito estabelecimentos foram fiscalizados no total.

A maioria deles na Avenida Manoel Borba, no centro da capital.

Neste domingo, a promessa da instituição é voltar às ruas para averiguar se outros estabelecimentos estão cumprindo as normas de segurança.

Desde que os bares foram reabertos, o Procon já esteve em 275 e interditou 19 deles. Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária e Polícia Militar integram a equipe que faz a blitze.

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