Clientes dançando, indo e vindo sem máscara e um ambiente lotado com mais de 70% da capacidade permitida.
Este foi o cenário que os agentes do Procon de Pernambuco encontraram ao chegar ao Winner Sport Bar, no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife, na madrugada deste domingo (27).
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Seria uma cena comum e natural, não fosse a pandemia do novo coronavírus que, desde março, já matou mais de 9.500 pessoas somente no Estado de Pernambuco.
O desrespeito aos protocolos de segurança sanitária fizeram com que o bar fosse interditado pelos agentes do Procon.
A música teve de parar e os clientes precisaram voltar para casa antes do esperado. Além disso, o Winner Sport Bar foi multado e, após ser interditado, só poderá reabrir, quando os responsáveis apresentarem defesa ao Procon.
Em caso de descumprimento dos protocolos de segurança, bares e restaurantes podem receber multas entre R$ 5 mil e R$ 20 mil.
No entanto, se aceitarem assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o valor da multa para cada infração é de R$ 1.050. Se o Procon confirmar que a TAC foi descumprida, em algum dos seus termos, o estabelecimento volta a ser multado e deverá pagar 10 vezes o valor pago inicialmente.
Em entrevista por telefone ao site da Rádio Jornal, Victor Ferraz, que é um dos sócios da Winner Sports Bar, afirmou que esta foi a primeira vez que o estabelecimento foi interditado desde a reabertura durante a pandemia.
Ferraz também disse que o bar ainda não foi multado e que vai apresentar a defesa ao Procon nesta segunda-feira (28).
O empresário disse que há um controle de comandas, que poderiam ter até 300 pessoas no evento e reclamou que os agentes do Procon não contaram a quantidade exata de clientes no estabelecimento e que a interdição se deu pelo fato das pessoas estarem “em pé e circulando sem máscara”.
Ainda por telefone, ele argumentou que o bar é um estabelecimento de permanência opcional.
“Diferente de ônibus que são necessários e que andam superlotados sem aumento de frota e multa para as empresas donas dos coletivos”, comparou.
Ferraz concluiu dizendo que “é melhor que bloqueiem logo tudo, porque é impossível conter as atitudes humanas dos clientes, como, por exemplo, levantar e querer interagir uns com os outros”.
Ao longo da madrugada de domingo, oito estabelecimentos foram fiscalizados no total.
A maioria deles na Avenida Manoel Borba, no centro da capital.
Neste domingo, a promessa da instituição é voltar às ruas para averiguar se outros estabelecimentos estão cumprindo as normas de segurança.
Desde que os bares foram reabertos, o Procon já esteve em 275 e interditou 19 deles. Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária e Polícia Militar integram a equipe que faz a blitze.
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