Na última segunda-feira (18), foram entregues a Pernambuco as primeiras 270 mil doses da vacina contra a covid-19. A chegada do imunizante, é claro, gerou expectativas em muitas pessoas.
No entanto, a maior parte da população — inclusive aquelas pessoas que fazem parte de algum grupo de risco para a doença — vão ter de esperar um pouco mais.
Nesta matéria, entenda quais são os grupos contemplados para receber a vacina deste primeiro lote e o que se sabe sobre os próximos passos da campanha de imunização.
De fato, idosos e pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, são parte do grupo de risco para a covid-19. No entanto, nem todas as pessoas desses grupos receberão a vacina neste momento.
Isso porque esta primeira remessa de imunizantes só é capaz de imunizar 135 mil pessoas com duas doses, o que representa menos de 1,5% da população de Pernambuco.
Sendo assim, pertencer a um grupo de risco no momento não garante vacina no braço ainda. Para ser vacinado, é preciso estar num grupo ainda mais prioritário.
Os grupos prioritários para receber a vacina contra a covid-19 no momento foi uma decisão pactuada entre o Governo de Pernambuco e os municípios e incluem:
Desse modo, as demais pessoas, mesmo que pertencentes a outro grupo de risco, devem aguardar a chegada de novas remessas do imunizante.
A expectativa da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) é de que, com o primeiro lote, 99 mil profissionais de saúde sejam imunizados — cerca de 34% do total atuante em Pernambuco.
Além disso, 100% dos demais grupos também devem receber as duas doses neste momento. São 26,5 mil indígenas, 2,5 mil idosos institucionalizados e 130 pessoas com deficiência institucionalizadas em Pernambuco.
A recomendação do governo estadual é de que os profissionais que vão aplicar a vacina se dirijam até as pessoas que fazem parte dos grupos prioritários.
Portanto, trabalhadores da saúde vão receber o imunizante no próprio posto de trabalho, idosos e pessoas com deficiência, nas próprias instituições em que vivem, e indígenas, nas aldeias.
O Ministério da Saúde orienta que os municípios usem o primeiro lote para imunizar completamente todas as pessoas dos grupos escolhidos.
Isso porque não se sabe quando novas remessas da vacina vão estar disponíveis para distribuição e imunização da população.
Como o intervalo de aplicação entre as duas doses deve ser de duas a quatro semanas, a preocupação é de que as pessoas recebessem a primeira dose, mas não recebessem a segunda a tempo.
O Instituto Butantan aguarda liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para distribuir as mais de 4,8 milhões de doses produzidas no Brasil.
Vale destacar que as primeiras 6 milhões de doses da Coronavac em aplicação no Brasil foram importadas da China.
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