A pernambucana Jéssica Araújo Bezerra Mesquita, 27 anos, natural do Recife, foi morta a facadas pelo marido, um militar aposentado da aeronáutica, natural do Recife, Joelson Alves de Souza, 54 anos, no último sábado (30), em Belém do Pará.
Jéssica era mestre em Farmácia. Passou em concurso federal para técnico em farmácia, em Belém do Pará, em 2018 e se mudou com o marido para lá.
Relatos de amigos que trabalhavam com ela no Hospital Barros Barreto, em Belém do Pará, que não quiseram se identificar, contaram que a vítima vivia em um relacionamento abusivo com Joelson. Ela tentava se separar do marido, mas ele a chantageava.
Para a família dela, no entanto, ele dizia ter aceitado o fim do relacionamento, mas ela contava que ele ameaçava se matar caso ela a deixasse.
Jéssica já havia pedido exoneração do cargo público e trabalharia até o dia 10 de fevereiro. A passagem para Pernambuco já estava comprada para o dia 12 de fevereiro, mas não deu tempo.
No dia do assassinato, Jéssica avisou a tia, Juliana Bezerra, que iria sair do apartamento porque já não estava mais aguentando a pressão psicológica que ele fazia sobre a separação.
"Ela também me avisou que a amiga Tamires (Abdon) iria buscá-la e ela ficaria na casa da amiga até a volta para Ipojuca", explicou a tia. Segundo ela, através de conversa pelo WhatsApp, às 11h57, ele mandou foto de que estava “tudo certo” e estava “ajudando a arrumar tudo”.
A amiga e mulher Tamires Abdon, natural do Maranhão, ao tentar ajudá-la a sair do apartamento recebeu 13 facadas e morreu na hora e em seguida, Joelson matou a esposa com 5 facadas nas costas.
Os vizinhos escutaram os pedidos de socorro e chamaram a polícia e ele foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio duplo, mas como estava com um ferimento, foi levado ao hospital de emergência e se encontra sob custódia da Aeronáutica, descumprindo a legislação que exige que o assassino seja encaminhado para a prisão comum.
De acordo com a família, no dia 31 de janeiro, foi decretada a prisão preventiva com expedição do mandado de prisão para qualquer unidade prisional, mas até agora ele se encontra detido na Aeronáutica de Belém.
Não existe, no entanto, no processo, nenhum termo de transferência para a Aeronáutica o que aponta a irregularidade da manutenção do réu na Aeronáutica, já que não se trata de um crime militar, mas comum (feminicídio duplo).
Joelson Alves de Souza é militar da reserva da Aeronáutica. No último sábado (30/01), foi autuado em flagrante pela Polícia Civil. Ele passou por uma cirurgia no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência e foi transferido ao Hospital de Aeronáutica de Belém (HABE) onde está internado.
A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva pela justiça, que determinou que a Força Aérea Brasileira mantivesse o militar da reserva sob sua custódia, conforme determina o Estatuto dos Militares (Lei 6880).
Quando receber a alta hospitalar o militar da reserva cumprirá o prazo da prisão preventiva em unidade da FAB, enquanto aguarda o julgamento da ação criminal.
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