O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta quarta-feira (11) que um novo Auxílio Emergencial voltou a ser discutido, mas advertiu que "não há dinheiro no cofre" e qualquer pagamento será feito com endividamento do governo.
"A arrecadação esteve praticamente equivalente nos municípios tendo em vista o auxílio emergencial, que volta a ser discutido e que eu falo: não é dinheiro que eu tenho no cofre, é endividamento", disse o presidente durante um encontro com prefeitos no Ministério da Educação.
Também hoje, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) cobrou do ministro da Economia, Paulo Guedes uma nova rodada do auxílio emergencial. O parlamentar reclamou que o Ministério da Economia não enviou nenhuma proposta ao Congresso ainda. E que é urgente tratar do assunto.
Mas, caso volte no mês de março, qual será o valor da parcela? O ministro Guedes já sinalizou que aceita pagar mais três parcelas de R$ 200. Porém, ele quer, em contrapartida do Congresso, a aprovação de medidas de ajuste fiscal.
De acordo com o presidente Bolsonaro, uma nova rodada do benefício deverá ser paga a partir do próximo mês.
Dessa vez, o auxílio, que ainda não teve o valor definido, poderá ter a duração de até quatro meses. Para o chefe do Executivo, a alternativa está sendo discutida entre o Executivo e o Congresso.
"Está quase certo, ainda não sabemos o valor. Com toda certeza a partir de março, (por) três, quatro meses", afirmou. Mais cedo, Bolsonaro já havia falado sobre a prorrogação do benefício.
"No momento, a nossa equipe, juntamente com parlamentares, estuda a extensão por mais alguns meses do auxílio emergencial, que - repito - o nome é 'emergencial'. Não pode ser eterno porque isso representa um endividamento muito grande do nosso País e ninguém quer o País quebrado", comentou o presidente.
O líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), aposta na Comissão Mista de Orçamento como espaço adequado para encontrar essas fontes de recursos para possíveis alternativas ao auxílio emergencial de R$ 600, pago até dezembro.
"Queremos aprovar o nosso projeto de lei [PL 29/21] que estende o auxílio emergencial por quatro meses, com o valor de R$ 600. Há um consenso na Casa de que não podemos deixar de votar esta matéria. A nossa expectativa é que ela seja votada nos próximos 15 ou 20 dias", disse Guimarães.
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