A companheira de Lázaro Barbosa concedeu uma entrevista exclusiva ao Correio Brasiliense, informando alguns detalhes da vida do homem que vem sendo procurado pelas autoridades do Distrito Federal e de Goiás.
A jovem, de apenas 19 anos, preferiu não se identificar, e afirmou estar em estado de choque e relatou que a família está sofrendo ameaças.
Ela teme o desfecho de tudo isso: "Temos medo de receber a notícia de que ele morreu", afirmou.
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Os dois se conheceram por meio da tia dele, que é amiga da família da jovem. Ela disse estar decepcionada com o comportamento de Lázaro, que segundo ela, já tentou largar o crime.
"Se a gente tivesse a oportunidade de ir com a polícia para o meio do mato, para convencê-lo a se entregar. A gente não sabe o que aconteceu na mente e no coração dele. A ficha não caiu."
Ela rebateu as acusações de que Lázaro estaria envolvido em rituais macabros: "Não acredito em nenhum ritual. Ele tinha uma fé em Deus muito grande, foi até pregador da palavra no presídio. Eu só vou acreditar que ele se envolveu mesmo nisso quando ele for pego e falar".
Além da companheira, uma tia do rapaz rebateu as falas do pai dele na mídia; ela afirmou que o homem sempre foi agressivo com o filho, teve problemas com álcool no passado e que Lázaro se sentia desprezado pelo pai. "Ele batia no Lázaro e até dizia que não era filho dele. Gostava só do outro filho", contou.
"Ainda mais perigoso"
De acordo com o secretário de segurança pública de Goiás, Rodney Miranda, o fugitivo Lázaro Barbosa Souza, de 32 anos, está "cansado, acuado e ainda mais perigoso" nessa situação.
O homem, que ficou conhecido na internet como o "serial killer de Brasília", é o principal suspeito de ter cometido uma chacina no Distrito Federal. Esta quarta-feira (16) é o oitavo dia de buscas feitas pela polícia de Goiás atrás do suspeito.
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— Ele já está com mais dificuldade ainda de conseguir alimento. Ele geralmente sai da mata atrás de comida, de alimentação. Ontem ele tentou, inclusive levou algumas vítimas para a beira do rio, mas nós conseguimos evitar que o mal acontecesse — disse o secretário a jornalistas.
A área é muito grande, ele conhece muito bem, é mateiro, mas está cansado e acuado. Cansado e acuado, ele fica mais perigoso, mas fica mais suscetível à nossa chegada. Ontem nós ficamos muito perto dele. Hoje nós vamos pegar.
Segundo Rodney Miranda, a força-tarefa montada para operação, que conta com cerca de 300 agentes das forças de segurança em Goiás e no Distrito Federal, vai continuar trabalhando na área delimitada.
A força-tarefa montada pelas secretarias de Segurança Pública de Goiás e do DF tem base no município de Cocalzinho, em Goiás. O grupo conta com equipes da Polícia Militar (PMDF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Federal (PF) e da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), além de reforço da cavalaria.
São usados cães farejadores, três helicópteros e drones. Agentes fazem buscas em estradas e param carros para revistá-los.
"Tudo indica que ele ficou na mesma região que a gente tinha delimitado ontem. Parece que agora cedo ele andou se movimentando, mas estamos no encalço dele", afirmou o secretário.