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Caso Beatriz: DNA no cabo da faca usada no crime foi comparado com o de 125 suspeitos; veja o que se sabe sobre assassino

A criança foi morta com 42 facadas no dia 10 de dezembro de 2015

Bruna Oliveira
Bruna Oliveira
Publicado em 11/01/2022 às 21:11 | Atualizado em 13/01/2022 às 17:34
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Arquivo Pessoal / Cortesia
CASO BEATRIZ Menina Beatriz foi morta aos 7 anos com 42 facadas durante uma festa na escola onde estudava em Petrolina, no Sertão de Pernambuco - FOTO: Arquivo Pessoal / Cortesia

Nesta terça-feira (11), a Secretaria de Defesa Social (SDS) afirmou ter identificado o assassino da menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos. A criança foi morta com 42 facadas no dia 10 de dezembro de 2015, durante a festa de formatura da sua irmã em uma escola localizada em Petrolina, no Sertão de Pernambuco.

De acordo com o Blog de Jamildo, a polícia chegou até o homem após o Instituto de Genética Forense Eduardo Campos fazer análises do banco de perfis genéticos de 125 suspeitos. Com isso, o DNA recolhido na faca utilizada no crime identificou Marcelo da Silva, de 40 anos, como autor do homicídio.

>> Caso Beatriz: Como aconteceu a prisão do suspeito mais de 6 anos depois do crime? Entenda

Ainda de acordo com o Blog de Jamildo, a SDS informou que o suspeito já possui várias passagens pela polícia. O homem, no momento, encontra-se preso em uma unidade prisional pela prática de outros crimes, que não foram citados.

Em nota, a SDS afirmou que o homem foi ouvido e, na ocasião, confessou o crime.

Homem com mesmo nome já foi preso em Garanhuns

Ainda não se sabe o que teria motivado o crime. A polícia dará mais detalhes sobre a operação serão apresentados na manhã desta quarta-feira (12) na sede da Secretaria de Defesa Social (SDS-PE), no bairro de Santo Amaro, na Área Central do Recife.

No entanto, registros policiais mostram que um homem de mesmo nome foi preso em 2011 em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco.

Ele era suspeito de ter estuprado uma enteada de 12 anos, mas foi preso por ter roubado seis litros de whisky em um supermercado local. Portava papelotes de maconha. O caso foi reportado pelo NE10 interior.

O que diz a escola onde a menina foi morta

Por meio de nota, o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, disse que as informações concedidas pela SDS, e um primeiro momento, trazem alento a toda comunidade. 

"Reafirmamos que nos solidarizamos com os pais e familiares de Beatriz Mota e que continuamos colaborando, irrestritamente, com as investigações sempre que somos acionados", diz trecho do texto.

Leia nota na íntegra

O Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, tendo em vista as informações repassadas pelo Secretário de Defesa Social do Estado de Pernambuco em entrevista realizada no dia de ontem (12/01/2022), de que após exames periciais de DNA conseguiu-se identificar executor do crime da menor Beatriz Moto, vem a público manifestar que respectivas informações, nesse primeiro momento, trazem alento a toda comunidade Salesiana, que tanto busca pela solução deste caso. Reafirmamos que nos solidarizamos com os pais e familiares de Beatriz Mota e que continuamos colaborando, irrestritamente, com as investigações sempre que somos acionados. Rogamos pela continuidade das apurações, confiando plenamente na Justiça, Polícia Civil do Estado-PE e Ministério Público-PE para a solução do caso.

Caso sem solução por 6 anos

Praticado no dia 10 de dezembro de 2015 no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, o assassinato de Beatriz completou seis anos em 2021 sem que ninguém tivesse sido preso.

Com 24 volumes, o inquérito do caso, que possui 442 depoimentos, sete tipos diferentes de perícias, 900 horas de imagens e 15 mil chamadas telefônicas analisadas, foi remetido ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), no dia 13 de dezembro de 2021.

Os autos já haviam sido enviados em 2019, quando o MPPE requisitou novas diligências. Todas as solicitações foram cumpridas e entregues ao Ministério pela Força-Tarefa criada pela Chefia de Polícia para investigar o caso.

Os quatro delegados, com vasta experiência em investigações relativas a crimes de homicídios, revisitaram todo o material que já havia sido produzido e realizaram novas diligências. 

Perito demitido em dezembro

No dia 28 de dezembro, o perito criminal Diego Costa, que prestou consultoria de segurança ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora após o assassinato da menina Beatriz foi demitido pelo governador Paulo Câmara

O perito era sócio de uma empresa de segurança que foi contratada pela escola e, posteriormente, participou da investigação do caso.

Caminhada da família de Beatriz

Para cobrar justiça diante do caso até então sem solução, a família de Beatriz, deu início a uma caminhada, no dia 5 de dezembro de 2021, de Petrolina até o Recife. Ao todo, a mulher percorreu 702 km, em um trajeto que durou 23 dias.

"Eu vim caminhando de Petrolina a pé até Recife imagine só o que não sou capaz de fazer", afirmou a mãe da garota, Lúcia Mota, na ocasião.

 

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