Caso Tamarineira

CASO TAMARINEIRA: Terceiro dia de julgamento é marcado por discussão entre juíza e promotora; veja vídeo

O bate boca foi iniciado durante o interrogatório do réu. João Vitor Ribeiro respondia uma pergunta do advogado de defesa em lagrimas afirmando que não era um assassino.

Catêrine Costa
Catêrine Costa
Publicado em 17/03/2022 às 16:25 | Atualizado em 18/03/2022 às 10:56
Notícia
Guga Matos/JC Imagem
Julgamento do Caso do Acidente na Tamarineira no Fórum Joana Bezerra. - FOTO: Guga Matos/JC Imagem

O terceiro dia de julgamento de João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, 29 anos, acusado de provocar o acidente que vitimou três pessoas e feriu duas em setembro de 2017, ocorrido nesta quinta-feira (17), foi interrompido por alguns instante devido a uma discussão entre a juíza Fernanda Moura e a promotora de Justiça Eliane Gaia na sessão do tribunal do júri, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no bairro de Joana Bezerra, no Recife.

O bate boca foi iniciado durante o interrogatório do réu. João Vitor Ribeiro respondia uma pergunta do advogado de defesa em lagrimas afirmando que não era um assassino. Neste momento, a promotora teria feito um gesto que não foi captado pela transmissão, porém apimentou os ânimos da sessão. 

"Não sei como alguém olha para a minha cara e me chama de assassino", disse o réu, quando foi interrompido por advogada da defesa. Ela chamou a atenção da juíza para o fato de que a promotora Eliane estava fazendo gestos durante a fala do interrogado e a promotora respondeu: ''exatamente''.

A juíza advertiu os dois lados e em determinado momento, levantou-se da cadeira para se dirigir à promotora, que continuava falando. "Precisa gritar não, calma, se contenha", respondeu Eliane Gaia. "Cale a boca a senhora. Eu estou determinando que a senhora se cale e obedeça, silêncio se impõe aqui nessa sessão, neste momento, o respeito e a civilidade devem sempre prevalecer", retrucou a juíza, que pediu respeito na sequência.

"Contenham-se, gestuais, palavras que cheguem à nossa vista, a vista de todos, é preciso guardar o respeito principalmente, promotora, com a presidência dessa sessão. Vamos dar continuidade de forma silente e inexpressiva", concluiu a juíza antes de retomar o interrogatório.

Primeiro dia de julgamento

No primeiro dia de julgamento, durante o depoimento do advogado Miguel da Motta Silveira, que perdeu a esposa e o filho na colisão, o acusado entrou em desespero. João Victor se jogou no chão, pediu para ser morto e pediu desculpas. A sessão foi interrompida e o homem retirado por policiais. Veja vídeo:

Entenda o caso

Responsável pela colisão, João Victor Ribeiro de Oliveira, 29, está preso desde 2017. O réu é acusado por triplo homicídio doloso duplamente qualificado e por dupla tentativa de homicídio.

Guga Matos
João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, 29 anos, acusado de provocar o acidente que vitimou três pessoas e feriu duas em setembro de 2017 - Guga Matos

A perícia do Instituto de Criminalística revelou que João Victor trafegava a uma velocidade de 108 km/h. O máximo permitido na via, entretanto, era de 60 km/h. Ele ainda avançou o sinal vermelho. O teste de alcoolemia realizado no motorista registrou nível de 1,03 miligrama de álcool por litro de ar, três vezes superior ao limite permitido por lei.

A vítima, Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, perdeu no acidente a esposa Maria Emília Guimarães da Mota Silveira e o filho Miguel Arruda da Mota Silveira Neto. Além disso, a filha, Marcela Arruda da Mota Silveira, ficou com sequelas devido ao trágico acidente no cruzamento da Rua Cônego Barata com a Estrada do Arraial, no bairro da Tamarineira. A babá das crianças que também estava no carro, Roseane Maria de Brito Souza, também morreu com a colisão.

Acompanhe o julgamento

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