Caso do mendigo de Planaltina

Mendigo fala sobre o caso: Morador de rua agredido por personal fala pela primeira vez sobre o caso

"Eu abri o zíper, tirei o membro e era uma mão na direção e outra no carinho", revelou o morador de rua

Catêrine Costa
Catêrine Costa
Publicado em 24/03/2022 às 12:55 | Atualizado em 24/03/2022 às 14:21
Notícia
REPRODUÇÃO/METRÓPOLES
Morador de rua envolvido em traição de personal em Planaltina conta sua versão do caso - FOTO: REPRODUÇÃO/METRÓPOLES

O caso de morador de rua espancado após ser flagrado tendo relações sexuais dentro de um carro com a esposa de um personal trainer em Planaltina, no Distrito Federal, voltou a repercutir na internet após o sem-teto conceder pela primeira vez uma entrevista dando sua versão do caso. 

No bate-papo, Givaldo Alves, 48 anos, revelou detalhes de como tudo aconteceu. Ele contou que estava andando pela rodoviária da cidade quando de repente ouviu uma voz o chamando. "Quando eu olhei uma moça lindíssima. Eu gesticulei para saber se era eu, ela confirmou e pediu para eu esperar. Quando ela se aproximou eu perguntei se poderia ajudar em alguma coisa e ela disse que queria namorar comigo". 

O homem revela ainda que questionou se de fato aquela era a vontade dela, por ele se tratar de um morador de rua.

"Moça, eu sou morador de rua, só estou bem vestido, como todo mundo. Eu não tenho dinheiro, não tenho condições de pagar nem um hotel", disse Givaldo que contou ainda que a mulher deixou claro que não queria dinheiro, queria apenas namorar com ele. 

O convite

Após deixar claro que não tinha condições financeiras para pagar um hotel, o mendigo revelou que a mulher o fez um convite. "Então eu pude ouvir daquela boca doce: Não pode ser no meu carro?". Ele disse que depois daquilo ficou sem palavras e apenas questionou onde estava o veículo da mulher.

Ela mostrou o local próximo da rodoviária que havia estacionado. Em seguida, os dois entraram no carro e, de acordo com Givaldo, iniciaram uma conversa. "Eu mostrei para ela a foto da minha filha, alguns cursos meus, meus documentos".

O ato

Ao término da conversa, o morador de rua revelou que disse para a mulher: "Se você me quer, me leva para algum lugar". Em seguida, ela pegou uma via próxima ao local que estavam e ele detalhou o que aconteceu até chegar a rua que ocorreu o flagrante: "Eu abri o zíper, tirei o membro e era uma mão na direção e outra no carinho".

Depois de uma certa procura, o morador de rua e a mulher encontraram uma rua calma para concretizar o ato. "Quando parou o carro eu disse: Vamos deitar o banco para melhorar o espaço?" Após deitar os bancos, o morador de rua pediu para ela tirar a roupa e a mulher seguiu o pedido.

"Ela tirou a roupa e era a coisa mais maravilhosa e linda no corpo de mulher", revelou Givaldo parabenizando a mulher e pedindo para ela ter cuidado, pois ele afirma que se fosse uma pessoa de má índole poderia ter feito muito mal a vida dela. 

"Começamos a brincadeira: beijos na boca, orelha, pescoço {...}, foi maravilhoso", contou.

Flagrante do marido

"Do nada uma mão deu um murro na janela do banco do motorista {...}, quando eu abri a porta, recebi uma sessão de socos tão violento e minha única alternativa foi sentar no banco e fechar a porta. Aí eu vi a pessoa atravessar a frente do carro {...} No mesmo instante que a pessoa atravessa eu abri a porta e fiquei de pé", contou.

Givaldo revelou que após isso trocou socos com o personal, porém depois de alguns instante, o marido parou. "Ele ficou parado e alguns segundos se passaram. E eu disse: moça, jogue minha calça, por favor". Ela jogou a calça e o morador de rua puxou a bolsa de dentro do carro.

O mendigo conta que o personal em momento algum proferiu nenhuma palavra a ele, apenas socos. "Eu nunca ouvi a voz dele. Só a dela. Ela tem uma voz doce, envolvente, uma pele macia e quente, ela tem tudo", completou. 

Arrependimento

"Se eu pudesse eu não olharia para trás, para aquela voz doce e suave. Mas eu não posso me arrepender porque o prazer que ela me deu, foi o prazer que todo homem queria ter. A dor só me transporta até ela. Ela merece alguém que possa satisfaze-la sem possibilitar que ela se exponha", disse o morador de rua. 

Entenda o caso

Segundo a polícia, o personal saiu para procurar a esposa que teria saído para ajudar uma pessoa em situação de rua com a sogra. Depois de um tempo, as duas se separaram.

O homem então saiu para procurar a mulher. Quando chegou ao Centro de Ensino Fundamental Paroquial, o homem avistou o carro que a esposa estava usando e se aproximou.

Foi então que ele flagrou sua companheira e o 'mendigo' fazendo sexo no banco da frente do veículo. Após ver a cena, ele agrediu o rapaz que estava com sua esposa.

Ao Portal G1, a mulher falou que foi abordada pelo sem-teto, que pedia dinheiro. Como ela não tinha, ele pediu para ver a bíblia que a moça havia ganhado do marido.

Logo depois, o sem-teto pediu um abraço e os dois entraram no carro e trocaram caricias. Após isso, os dois se encontraram em um local combinado e tiveram práticas sexuais.

Após o episódio, o personal saiu em defesa da esposa nas redes sociais. Em nota, ele disse que a mulher teria tido um surto psicótico e, por isso, a relação extraconjugal não foi consentida.

“Não se trata de uma traição, e, sim, crime de violência”, disse o marido.

A afirmação do homem se contradiz com a da sua esposa, que afirmou a polícia ter tido relações sexuais com o sem-teto por vontade própria.

Em áudios obtidos pela TV Globo, a esposa disse que viu as “imagens do marido e de Deus” no rosto do homem e por isso fez sexo. Ela também disse que não estava sob efeito de álcool.

Com a repercussão do caso, os perfis do casal foram excluídos das redes sociais.

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