ABORTO

Após ser promovida, juíza deixa o caso de menina de 11 anos que teve aborto legal impedido pela justiça

A magistrada negou que a criança realizasse o procedimento com o argumento de "salvar a vida do bebê".

Catêrine Costa
Catêrine Costa
Publicado em 21/06/2022 às 17:17
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Reprodução/Internet
A juíza Joana Ribeiro Zimmer deixou o caso da garota de 11 anos que está mantida em um abrigo para evitar que fizesse um aborto legal, em Santa Catarina. - FOTO: Reprodução/Internet

Joana Ribeiro Zimmer, a juíza que era responsável pelo caso da menina de 11 anos que está mantida em um abrigo para evitar que fizesse um aborto legal, deixou o caso. 

A magistrada negou que a criança realizasse o procedimento com o argumento de  “salvar a vida do bebê”.

O caso veio à tona na mídia na última segunda-feira (20) após publicação do site The Intercept Brasil e do Portal Catarinas.

Segundo o Portal G1, a juíza aceitou uma promoção, aceitando um convite para assumir a comarca de Brusque, também em Santa Catarina. O convite aconteceu antes do caso repercutir nacionalmente.

Conforme o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Joana foi promovida no último dia 15 de junho e estaria fora do caso desde o dia 17, quando aceitou a transferência. 

Nesta terça-feira (21), a Justiça determinou que a menina deve voltar a morar com a mãe.

A conduta da juíza, que aparece em uma audiência gravada induzindo a menina a não querer seguir com o aborto, é apurada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Veja também: ABORTO PERMITIDO POR LEI: entenda o que é o aborto legal e como ele feito no Brasil

ENTENDA O CASO

Uma menina de 11 anos, que está grávida de 29 semanas após ter sido vítima de estupro, estaria sendo mantida em um abrigo há mais de um mês para evitar que faça um aborto legal em Santa Catarina.

A mãe da garota descobriu a gravidez da filha quando ela já estava na 22ª semana.

Conforme informações do Jornal Intercept, dois dias após a descoberta da gravidez, a menina foi levada ao Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, ligado à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde mãe e filha afirmaram que não queriam manter a gravidez.

Porém, a unidade de saúde alegou que só faz o aborto até a 20ª semana e que após esse período seria necessário uma autorização judicial para realizar o abortamento.

Mãe e filha entraram com o pedido na Justiça. Porém, em vez de conceder a autorização, a juíza Joana Ribeiro Zimmer induziu a criança a manter a gravidez. Veja vídeo:

*Com informações do Correio 24h

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