Além dos sintomas já conhecidos da covid-19, existe a possibilidade de sinais como queda de cabelo, dificuldade de ejaculação e redução da libido integrarem uma lista ainda mais extensa de sintomas da doença.
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, mostrou que entre as pessoas que sofrem com a chamada "covid longa", há uma predominância de sintomas como perda de olfato, espirros, queda de cabelo, problemas de ejaculação e redução da libido.
A pesquisa levou em conta os registros de saúde anônimos de 2,4 milhões de pessoas. Os dados foram coletados entre os meses de janeiro de 2020 e abril de 2021.
Desse total de registros, 486.149 eram correspondiam a pacientes com infecção anterior por covid-19, mas que não apresentavam histórico de internação pela doença. Já os outros 1,9 milhão não possuíam indicação de infecção pelo vírus.
O que é covid longa?
A covid longa nada mais é do que uma síndrome, ou seja, um conjunto de sintomas que acomete pessoas que já foram infectadas pelo coronavírus anteriormente.
Os sintomas são caracterizados como síndrome pós-covid quando eles persistem por mais de 12 semanas (ou 3 meses) após os sintomas agudos da infecção surgirem.
Quais os sintomas mais comuns da covid longa?
O estudo publicado na revista Nature nesta segunda-feira (25) buscou apontar quais os sintomas mais comuns da covid longa e quais fatores de risco estão associados ao desenvolvimento dessa síndrome.
Os sintomas mais comuns da covid persistente são:
- perda de olfato;
- queda de cabelo;
- espirros;
- problemas de ejaculação;
- diminuição da libido;
- falta de ar, mesmo em repouso;
- fadiga;
- dor no peito
- rouquidão; e
- febre.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a síndrome dura pelo menos 2 meses e ocorre 3 meses após o início dos sintomas da infecção inicial pelo SARS-CoV-2.
Quem tem mais chances de desenvolver a covid longa?
Além dos sintomas mais relatados entre as pessoas acometidas pela covid longa, a pesquisa também fez um levantamento para saber quais eram os fatores de risco associados ao desenvolvimento da síndrome.
Entre os grupos mais vulneráveis, segundo os pesquisadores, estão as mulheres jovens, as minorias étnicas, pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica, fumantes e pessoas com comorbidades.
O estudo também indicou que cerca de 10% das pessoas com covid-19 desenvolvem a forma persistente da doença, a chamada covid longa.
* Com informações do portal g1
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