O técnico e árbitro de vôlei André Testa foi preso por abuso sexual nesta quinta-feira (4) após adolescentes que jogavam pela Associação Desportiva e Cultura Terra Firme, no município de São José, em Santa Catarina, o denunciarem.
Entrevistada pela equipe da emissora local NSC TV, uma das vítimas conta que o treinador ganhou a confiança dela e acabou a abusando. "Eu era virgem na época. Foi a minha primeira vez", disse. Os relatos foram divulgados pelo portal g1.
O caso agora é investigado pela Polícia Civil de Santa Catarina. Sobre a prisão, a defesa de André Testa se manifestou declarando que a prisão preventiva é "inoportuna, desnecessária e ilegal".
De acordo com os jovens que denunciaram os abusos, o treinador os manipulava a ponto de não entenderem o crime que estavam sofrendo.
"Ele entrava muito na cabeça dos atletas", declarou o pai de um dos atletas. Segundo ele, Testa os convencia de que sairiam como errados da situação.
Segundo as vítimas, os locais em que os crimes teriam ocorrido são a própria casa do treinador, em um motel e até mesmo na Casa Atleta, onde os jogadores ficam durante os treinamentos
"Ele me convidou para essa Casa Atleta um dia que iam estar todos os atletas lá, eles não estavam, né? Só tinha ele", contou uma das vítimas.
De acordo com a Polícia Civil, o técnico ainda teria coagido testemunhas e vítimas a esconder os crimes caso tivessem de prestar depoimento na delegacia.
Em nota, a defesa de André Testa disse que as acusações não procedem e que o treinador é inocente, além de considerar a prisão preventiva "inoportuna, desnecessária e ilegal".
"A prisão preventiva de André Wilson Testa é inoportuna, desnecessária e ilegal. A polícia apenas apresentou ilações e conjecturas e, com isso, não comprovou a imprescindibilidade da prisão preventiva, assim como não justificou o cabimento de outras medidas cautelares diversas da prisão.
André é inocente e não são procedentes as imputações. Conforme se comprovará no transcorrer do processo, há denuncismo de viés vingativo. Todas as informações colhidas até o presente momento foram produzidas sem que fosse oportunizado o direito ao contraditório."
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