A Polícia Federal iniciou nesta quarta-feira (10) a Operação Anjos da Guarda contra um grupo de criminosos que fazem parte da maior facção do Brasil.
O grupo planejava resgatar líderes do crime presos em penitenciárias federais dos Estados de Brasília e Porto Velho.
A ação tem apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Na operação, são cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão nos Estados do Distrito Federal (Brasília), Mato Grosso do Sul (Campo Grande e Três Lagoas) e São Paulo (São Paulo, Santos e Presidente Prudente).
Foram mobilizados 80 policiais federais para realização da manobra.
Segundo apurado pela reportagem do jornal O Globo, um dos chefes de facção que estaria no plano de resgate seria Marcos Herbas Camacho, também conhecido como Marcola, indicado como líder da facção criminosa.
Marcola foi transferido neste ano da penitenciária em Brasília para a de Porto Velho. Apesar do criminoso já estar preso, ele recebeu um dos mandados de prisão preventiva expedidos nesta quarta (10), assim como outros líderes da facção.
Entres as lideranças que também receberam mandados de prisão, estão presidiários conhecidos como Quirino, Colorido e o Barbará.
A Polícia Federal também foi até a residência da esposa de Marcola, em São Paulo, cumprir ações de busca e apreensão.
Além dos líderes, também foram encarcerados quatro advogados que trabalhavam junto aos membros da facção - três em Brasília e um em São Paulo.
De acordo com as investigações, eles passavam mensagens dos presos para o grupo que planejava o resgate, por meio de visitas no parlatório.
Em nota, a PF informou que havia "uma rede de comunicação estabelecida entre advogados, que extrapolavam as suas atividades legais" e utilizavam "como códigos para a comunicação situações jurídicas que, comprovadamente, não existiam de fato".
A investigação da PF também descobriu que o grupo planejava sequestrar autoridades para usar como moeda de troca na libertação dos criminosos.
Marcola é condenado a mais de 330 anos de prisão pelos crimes de homicídio, formação de quadrilha e tráfico de drogas. Ele está preso há 23 anos.
Em 2019, o Ministério Público estadual chegou a investigar a existência de um plano para resgatar Marcola envolvendo o uso de helicópteros, armamento pesado e contratação de mercenários estrangeiros.
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