
Quando o método contraceptivo falha ou não é adotado, é comum que a pílula do dia seguinte entre em ação para impedir uma gravidez indesejada.
No entanto, normalmente por falta de informações sobre saúde sexual e reprodutiva, algumas mulheres tomam o medicamento como um método de contracepção comum.
A pílula do dia seguinte é, na realidade, um contraceptivo de emergência e só deve ser utilizado em último caso, não sendo indicado tornar o uso do remédio um hábito. Mas quais são, exatamente, os riscos de utilizar a pílula do dia seguinte com frequência?
Quais os riscos de utilizar a pílula do dia seguinte com frequência?
"Ela funciona de forma similar à maioria dos contraceptivos hormonais: torna o muco cervical mais espesso, inibe ou retarda a ovulação e atua na mobilidade da trompa", explica Rafael Alves, ginecologista e professor no curso de Medicina na Faculdade Tiradentes (FITS).
É uma 'bomba hormonal', equivalente a uma cartela inteira de contraceptivo oral isolado de progesterona.
Contudo, o fato da pílula ser um método de emergência faz com que o seu uso programado ou frequente seja contraindicado. "É uma 'bomba hormonal', equivalente a uma cartela inteira de contraceptivo oral isolado de progesterona", argumenta o médico.

O medicamento, quando utilizado indiscriminadamente, pode causar alterações no ciclo menstrual, provocar sangramentos e até mesmo hemorragias vaginais.
Além disso, o uso frequente das pílulas do dia seguinte pode comprometer a sua eficácia enquanto contraceptivo. Isso significa que, quanto mais se usa, menores as chances da pílula funcionar e maior o risco de uma gravidez acontecer.
Quando utilizada de maneira correta e com orientação, a pílula é segura, mas ela não deve ser utilizada mais de uma vez por ano.
Efeitos colaterais
De acordo com Rafael Alves, os principais efeitos colaterais após a ingestão da pílula do dia seguinte são náuseas, vômitos, fadiga, dor de cabeça, tontura, além de dor nas mamas e alterações no ciclo menstrual.
"Quando utilizada de maneira correta e com orientação, a pílula é segura, mas ela não deve ser utilizada mais de uma vez por ano", conclui o profissional de saúde.
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