As cólicas menstruais podem parecer, para muitas pessoas, um incômodo normal durante os ciclos. A dor é causada pela expulsão do óvulo não fecundado do útero e pode durar até três dias. No entanto, às vezes as cólicas podem indicar um problema sério de saúde.
Endometriose, mioma, adenomiose, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), doença inflamatória pélvica, e outros problemas de saúde geralmente estão associados a cólicas incapacitantes.
Isso significa que as dores sentidas são tão fortes que impactam o dia a dia e prejudicam o trabalho ou estudo, por exemplo. Mas, além das dores intensas sentidas durante o período, as cólicas podem vir acompanhadas de fraqueza, tontura, suores, vômitos e até mesmo desmaios.
Apesar de parte desses sintomas serem tratáveis com medicamentos, é importante buscar atendimento médico, especialmente quando associadas a outros sintomas como sangramento, ciclos irregulares, corrimento e dores vaginais.
Como saber se a cólica que sinto é normal?
Nem sempre as cólicas são normais e é importante ressaltar isso, já que a sensibilidade às dores e a duração varia de mulher para mulher. Normalmente, a cólica menstrual acontece antes da menstruação, mas pode durar até dois dias após o início da saída do fluxo.
De modo geral, a contração do útero, que tem como objetivo facilitar a expulsão do sangue, "espreme" os vasos sanguíneos na região e provoca dores a boa parte das mulheres. Essas cólicas podem ser consideradas normais.
Como explica a médica Liliane Diefenthaeler Herter, chefe do centro de ginecologia da infância e adolescência do Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA), a cólica é normal quando não atrapalha as atividades cotidianas da paciente.
Mas, então, como saber quando a cólica não é normal?
Para a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, quando as cólicas menstruais levam a mulher a fazer uso de medicamentos, ou mesmo seja encaminhada ao hospital, são classificadas como anormais.
"Perder aula, ficar pálida e suar frio pela dor, vomitar ou desmaiar pela dor, precisar de medicação endovenosa. Isso tudo não é normal", pontua Liliane. Nesse caso, é importante investigar as causas das dores intensas junto a um médico.
* Com informações da BBC Brasil.
Comentários