Desde a quarta-feira (26), grande parte da população do Grande Recife enfrenta diversos transtornos devido à greve de ônibus e metrô instaurada.
Os metroviários retornaram às atividades às 22h da quinta-feira (27). No entanto, mais de um milhão de pessoas ainda segue prejudicada devido à precariedade dos serviços dos ônibus que circulam pela Região Metropolitana do Recife (RMR).
Após três tentativas, nenhum acordo foi firmado. Agora, a expectativa neste terceiro dia de greve é que seja realizado o julgamento do dissídio coletivo na segunda-feira (31), ajuizado pela Urbana-PE, pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6).
“O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6) informa que o julgamento do dissídio coletivo dos rodoviários pelo Tribunal Pleno acontecerá na próxima segunda-feira (31/7), às 9h. O agendamento foi feito de acordo com o tempo de análise do processo pela desembargadora relatora. Na audiência de segunda-feira, todos os desembargadores se reunirão e vão dar seus votos para decidir, de forma conjunta, o que deve ser feito”, informa o texto.
Enquanto isso, emprésarios das companhias de ônibus denunciam as ações contrárias dos rodoviários, como o bloqueio de garagens e a depredação de veículos.
Por conta dos transtornos, dez operadoras do Sistema de Transporte Público de Passageiros da RMR (STPP) - entre empresas e consórcios -, solicitaram apoio à Polícia Militar.
Nesta manhã, a governadora do Estado, Raquel Lyra (PSDB), se pronunciou acerca da prisão do líder do Sindicato:
Nosso governo respeita o direito à greve e a luta dos trabalhadores. Já estamos apurando as circunstâncias da ação policial que deteve o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima. Acredito no diálogo como o melhor caminho para negociação. Sempre. — Raquel Lyra (@raquellyra) July 28, 2023
Por volta das 5h, o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Recife e RMR, Aldo Lima, foi detido pela Polícia Militar enquanto conversava com os trabalhadores na porta da garagem da empresa Pedrosa.
Confira a nota da PM:
A Polícia Civil de Pernambuco informa que registrou, por meio da Central de Plantões da Capital, no dia 28 de julho, ocorrência de Desobediência. O autor, um homem de 39 anos, teria mobilizado um grupo de manifestantes até uma empresa de transportes, no bairro de Nova Descoberta, que teriam, segundo relatos de testemunhas, bloqueado a saída de coletivos e impedido que trabalhadores que não estariam aderindo à greve exercessem as atividades. O autor teria desobedecido ordem judicial, e, ao ser solicitado, segundo relatos de testemunhas, que saísse da frente de um coletivo de saída da empresa, o autor não teria acatado, colocando a sua vida e a de terceiros em risco. Assim, o efetivo no local o conduziu e para à delegacia onde foram realizados procedimentos cabíveis, e após assinatura de Termo de Compromisso, o autor foi liberado.
Em entrevista exclusiva à TV Jornal, Aldo conversou com a equipe de reportagem ao ser liberado da delegacia.
"Na Assembléia de hoje à tarde (28), a gente vai decidir os passos daqui pra frente. Nós não vamos recuar. Todo mundo está de mãos dadas", contou com lágrimas nos olhos.
Proferida pelo corregedor do TRT-6, aliada ao argumento do desembargador Fábio Farias, a decisão do Tribunal determinou o funcionamento de 60% da frota de ônibus na Região Metropolitana do Recife em horários de pico e 40% nos demais períodos.
Em casos de descumprimento, será aplicada uma multa diária de R$ 30 mil aos rodoviários.
Segundo o Governo de Pernambuco, a determinação judicial não está sendo cumprida. O Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM) informou que, na quinta-feira (27), a frota chegou a, no máximo 54,5% (de um total de 2.600 ônibus).
Nenhum acordo foi travado até o presente momento, e a greve de ônibus continua nesta sexta-feira (28).
O presidente da Urbana-PE, Fernando Bandeira de Mello, afirma que as negociações propostas pelo setor empresarial não podem ser diferentes das apresentadas. De acordo com Fernando, a expectativa é de que o dissídio da categoria seja julgado ainda hoje (28).
“Não temos condições de apresentar mais do que a inflação, que está na casa dos 3,5%. Pedir 10% de aumento além da inflação é um absurdo para a crise que o setor de transporte público enfrenta. Infelizmente, agora a decisão será da Justiça”, explica.
“Com a decisão do TRT-6, mesmo que as partes decidam recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), a greve terá que ser finalizada. E se isso não acontecer, o setor estará acobertado legalmente para fazer contratações e retomar o serviço de transporte público no Grande Recife”, reforça.
Os rodoviários solicitam:
Na tentativa de acordo, a Urbana ofereceu 3% de reajuste, R$ 370 de vale-refeição e R$ 150 de gratificação.
Os metroviários solicitam:
A CBTU - Companhia Brasileira de Trens Urbanos - lamenta a greve, mas respeita a decisão. "Não poderia deixar de assistir à população, por isso deu entrada em pedido judicial para cumprimento do serviço nos horários de pico, das 5h30 às 8h30 e das 17h30 às 19h30", diz a Companhia em nota.
Sem avanço nos acordos, os rodoviários realizaram protestos pela cidade do Recife, detendo os coletivos que circulavam no Centro da cidade, no encontro da Ponte Duarte Coelho e a Avenida Guararapes.
*Com informações do JC Online.
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