A família está à espera do corpo da mulher trans Lorena Muniz, que morreu, no último domingo (21), após a clínica onde estava colocando próteses nos seios, em São Paulo, pegar fogo.
Durante o incêndio, os profissionais de saúde evacuaram o prédio, mas deixaram Lorena na mesa de cirurgia sozinha, enquanto o fogo se alastrava no local.
A cirurgia aconteceu na última quarta-feira (17) em uma clínica da cidade de Taboão da Serra, no Estado de São Paulo.
Após a equipe médica evacuar o hospital, Lorena ficou sozinha e inalou grande quantidade de fumaça proveniente do incêndio.
A mulher só foi resgatada com a chegada do Corpo de Bombeiros, que levou a vítima para o Hospital das Clínicas, na capital.
Ela foi internada no pronto-socorro em estado grave, mas não resistiu às sequelas e teve a morte confirmada no domingo, de acordo com nota enviada à imprensa pela vereadora por São Paulo Erika Hilton.
"Segundo ele [o esposo de Lorena, Washington Barbosa] e outras testemunhas que estavam com Lorena no dia de sua cirurgia, após um incêndio na clínica onde realizava o procedimento, Lorena foi deixada para trás durante a evacuação do local, ficando exposta a grandes quantidades de fumaça", disse a nota.
"A jovem só foi socorrida com a chegada dos bombeiros, que a levaram ao hospital", concluiu a nota enviada por Erika, que é a primeira vereadora trans eleita na cidade de São Paulo.
De acordo com a amiga dela, a mulher trans fez a cirurgia para realizar um sonho e ser mais feliz. "Como eu fui a pessoa que ela pediu muita indicação sobre o que é hormônio, sobre como ficar feminina [...] Queria um dia ter seio e ser uma mulher", revelou Renata Alves, amiga de Lorena.
O advogado da clínica, em entrevista ao SBT, contou que o curto circuito foi provocado por uma explosão enquanto a companhia energética do estado realizava uma manutenção na rua, mas não soube explicar porque a paciente foi deixada sozinha dentro da clínica.
Em nota, a companhia energética negou que tenha realizado algum serviço na área no dia do incidente.
De acordo com as informações apuradas pela produção da TV Jornal, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde de São Paulo informou que a unidade tinha licença para atividade médica ambulatorial com recursos apenas para cirurgias de pequeno porte, com anestesia local.
A clínica não tinha permissão nem mesmo para interções. A unidade de vigilância em saúde da também disse que vai avaliar o caso para tomar providências.
"Tem que verificar se a clínica tem UTI, se tem médico de plantão e sala de recuperação pós-cirúrgica, além de ir à consulta com o cirurgião já sabendo o que vai perguntar, que material vai ser utilizado e quais técnicas vão ser feitas", indicou Rafael Anlicoara, especialista.
Na semana passada, a cabeleireira embarcou para São Paulo e iniciou o procedimento na clínica, mas durante a cirurgia houve um princípio de incêndio no estabelecimento e Lorena foi deixada sedada dentro do prédio.
O marido da cabeleireira chegou a fazer um apelo nas redes sociais. A mulher trans deu entrada no Hospital das Clínicas de São Paulo, onde dias depois os médicos confirmaram a morte cerebral.
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