Uma mulher identificada por Claudeci Santos Almeida, de 35 anos, foi presa nessa quarta-feira (15) após ser acusada de aplicar golpes na capital paulista, em São Paulo. De acordo com a polícia, a mulher prometia agilizar processos fingindo ser pastora e advogada.
Segundo informações do G1, uma das vítimas chegou a perder R$ 150 mil. A mulher foi presa por estelionato e associação criminosa. No depoimento à polícia, ela ficou em silêncio. Claudeci encontrava as vítimas em cultos numa igreja no Brás, no Centro, segundo os investigadores.
A mulher dizia ter contatos com várias autoridades e prometia acelerar processos judiciais e em órgãos públicos em troca de dinheiro. As investigações começaram quando uma das vítimas procurou a polícia.
Ela já tinha dado dinheiro algumas vezes à golpista, acreditando que conseguiria apressar um processo de aposentadoria, mas como os pedidos por mais pagamentos continuavam, a família passou a desconfiar da mulher.
Claudeci tinha pedido mais R$ 30 mil, nesta semana. Áudios encaminhados à polícia mostram como ela pressionava a vítima. Ela afirmava que um desembargador e uma doutora precisavam do dinheiro.
“Eu vou mandar o seu áudio pra doutora, ela tá terminando a audiência agora, assim que ela me responder, eu falo com o senhor. O desembargador tá numa ligação com o ministro, assim que terminar eu já falo com você”, afirmou no áudio.
A golpista queria o dinheiro antes do feriado: “Só tenho prazo até hoje, às duas da tarde, por causa do feriado ela quer voltar com a situação resolvida. Então a gente só tem hoje [até] às duas horas da tarde, mas aí você me avisa”.
A vítima foi com o dinheiro até o local combinado, no Cambuci, no Centro. Mas, junto, estava a polícia, que fez o flagrante.
Outras duas ocorrências contra Claudeci foram registradas e há investigações da participação dela em mais três golpes.
Uma mulher afirmou que pagou mais de R$ 3.000 via Pix por serviços de advocacia e que, logo depois do pagamento, a golpista bloqueou o telefone dela.
Segundo a polícia, ela não tem registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e também não seria pastora de igreja.
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