Igreja

Não há mais 'definição oficial' de mulher em Igreja da Inglaterra; saiba motivo e entenda

Igreja tem se alinhado com a pauta LGBT ao longo dos últimos anos

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 13/07/2022 às 8:33 | Atualizado em 13/07/2022 às 8:35
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Foto Ilustrativa - FOTO: Reprodução/Unsplash

A definição oficial de mulher não existe mais, de acordo com a Igreja da Inglaterra. Segundo informações do Gospel Prime, a igreja em questão nomeou sua primeira bispa em 2017.

A informação foi anunciada pelo Telegraph e, segundo eles, esse assunto surgiu com o objetivo de responder a um determinado membro do Sínodo Geral que fez a seguinte pergunta: 'Qual é a definição de mulher da Igreja da Inglaterra?".

A resposta foi dada pelo Rev. Robert Innes, que é também bispo da referida denominação. “Não há definição oficial, o que reflete o fato de que até recentemente as definições desse tipo eram consideradas auto evidentes, conforme refletido na liturgia do casamento”, respondeu.

Em seu site oficial, o Rev. Robert ainda fez citações a respeito do projeto e descreveu a temática abordando as “complexidades do casamento associadas à identidade de gênero” além de apontar para o que segundo ele é “necessidade de cuidados e pensamentos adicionais a serem dados na compreensão de nossas semelhanças e diferenças como pessoas feitas à imagem de Deus.”

O referido projeto recebeu apoio de grupos LGBT e da Fundação Ozanne, essa que elogiou a ideia em novembro de 2020, afirmando que o projeto trabalha para tornar a igreja 'mais genuinamente inclusiva, reconhecendo o alto custo suportando por tantas pessoas LGBT+ hoje e os ricos significativos de proteção que precisam ser resolvidos com urgência.

De acordo com Telegraph, Rev. Angela Berners-Wilson (a primeira mulher ordenada como padre em 1994 e atualmente recém aposentada), disse não estar totalmente feliz com o anúncio e ainda completou:

“Quero dizer, eu acho que certas coisas como homens não podem ter bebês apenas para dizer a coisa completamente óbvia”, acrescentou ela. “Mas acho que precisamos ser muito sensíveis e talvez precisemos reexaminar nossos limites.”

Um fato histórico a salientar é que a Igreja da Inglaterra passou a permitir que mulheres se tornassem bispas apenas 20 anos após a votação da denominação ser favorável à ordenação feminina.

Em recente consagração da primeira bispa, a cerimônia foi interrompida por um grito de protesto que dizia: “Não está na bíblia.” Em março de 2015, Rachel Treweek foi nomeada bispa da Diocese de Gloucester e liderou um órgão regional. No ano de 2019, a igreja viu muitos de seus membros se posicionarem contrariamente ao serviço de batismo recém-introduzido para membros transgêneros.

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